Carros serão proibidos em ruas do Centro de Londres para estimular caminhadas e ciclismo e ajudar o transporte público a lidar com as restrições de distanciamento social por causa do coronavírus, comunicou o prefeito da cidade nessa sexta-feira (15).
Sadiq Khan disse que o plano, que cobre grandes vias através da metrópole, transformará partes do Centro de Londres em uma das maiores zonas sem carros de qualquer capital.
“A covid-19 representa o maior desafio à rede de transporte público de Londres na história da TfL (Transporte para Londres)”, afirmou.
“Exigirá um esforço monumental de todos os londrinos manter um distanciamento social seguro no transporte público à medida que as restrições do isolamento forem suavizadas gradualmente.”
O número de passageiros na rede de metrô de Londres diminuiu 95% desde que o Reino Unido entrou em isolamento em março, e a quantidade de viagens de ônibus caiu 85%.
Mais cedo nessa sexta, a operadora de transportes disse que obteve 1,6 bilhão de libras esterlinas (cerca de US$ 2 bilhões) de financiamento governamental para cobrir a falta de renda até outubro.
A TfL disse que a exigência de distância de dois metros entre as pessoas significa que ônibus e trens só circularão com 13-15% do número normal de passageiros mesmo quando os serviços tiverem sido completamente reativados.
Khan disse que, por isso, muitos londrinos terão que caminhar ou pedalar para manter a cidade em movimento.
As ruas entre a Ponte de Londres Bridge e Shoreditch, Euston e Waterloo e Old Street e Holborn podem ser limitadas a ônibus, pedestres e ciclistas, disse seu gabinete.
Teste de imunidade
As autoridades de saúde da Inglaterra deram início a um teste para determinar se uma pessoa foi infectada pelo novo coronavírus, mesmo sem sintomas, e se desenvolveu anticorpos.
Este exame de sangue foi desenvolvido pela empresa farmacêutica Roche e agora foi aprovado para uso pela Public Health England, o órgão administrativo na Inglaterra que gerencia o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, sigla em inglês).
As autoridades de saúde indicaram que este teste representa uma “evolução muito positiva” na luta contra a covid-19, que no Reino Unido já matou 34.078 pessoas, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Até o momento, as autoridades expressaram pessimismo em relação a este tipo de teste, mas agora, após uma avaliação, consideram que oferece possibilidades de saber se uma pessoa está imune.
O teste já foi aprovado por reguladores médicos na União Europeia e nos Estados Unidos, mas o Reino Unido teve que aprovar também.
Segundo os especialistas, o teste é considerado importante para ajudar a eliminar as restrições de confinamento pela covid-19, pois permitirá que pessoas com imunidade retornem ao trabalho com tranquilidade.
De acordo com a imprensa local, a Roche estaria conversando com o Ministério da Saúde britânico sobre o possível fornecimento do teste na Inglaterra, embora as outras regiões autônomas britânicas – Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte – façam o mesmo em seus respectivos territórios.