Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2024
A empresa de tecnologia espacial Honeybee Robotics anunciou, por meio de um vídeo promocional, uma de suas ideias inusitadas para o futuro: instalar postes de iluminação na lua. O que chama atenção é que a estrutura pode ter uma altura maior do que a Estátua da Liberdade, em Nova York (EUA), que tem 93 metros. A decisão surgiu a partir do avanço da tentativa de residência permanente no satélite natural, que tem se tornado cada vez mais viável.
Pretensão
A instituição é braço da Blue Origin, empresa aeroespacial liderada pelo fundador da Amazon, Jeff Bezos, e tem como pretensão que além de iluminar a lua, também funcionem como baterias alimentadas por energia solar. O anúncio da estrutura de 100 metros foi feito por meio de um vídeo da marca há duas semanas.
Exploração lunar
O projeto foi intitulado de Lunar Utility Navigation with Advanced Remote Sensing and Autonomous Beaming for Energy Redistribution (LUNARSABER) e é financiado pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) do governo dos EUA visando a próxima era da exploração lunar.
Energia solar
A ideia é que o poste armazene a energia solar durante o dia para conseguir iluminar a área ao seu redor com os holofotes nas duas semanas seguintes. O prazo é baseado no ciclo dia-noite da lua, que dura aproximadamente 14 dias terrestres, ou seja, 14 dias seguidos de 14 noites.
Dificuldades
Engenheiros enfrentam dificuldades para entender como transportar materiais para a lua. No entanto, cada poste é projetado para erguer a própria base, o que poderia resolver o problema, permitindo que a nave espacial leve apenas esta parte para o espaço. Essas também serviriam como adaptadores de energia para carregar naves e outras infraestruturas.
“O LUNARSABER pode transformar a noite em dia nas crateras mais profundas da Lua. É realmente um sistema revolucionário que abrirá caminho para uma economia lunar”, disse Kris Zacny, que integra o time de Sistemas de Exploração da Honeybee Robotics, em comunicado.
“Estamos ansiosos por parcerias com clientes comerciais e não comerciais para hospedar cargas e serviços que ajudarão a acelerar a infraestrutura lunar”, disse Vishnu Sanigepalli, o principal responsável pelo projeto. As informações são do jornal O Globo.