Segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de julho de 2024
Luana Piovani ficou revoltada ao ver o comentário homofóbico de Emílio Surita contra Marcelo Cosme. Nos Stories do Instagram, a atriz compartilhou uma publicação do ator Tuca Andrada sobre o ocorrido, e lembrou que, há alguns anos, processou o apresentador do Pânico.
“Processei esse lazarento e ganhei. Pânico e Emílio vomitam. Pau no c* imenso!”, disparou a artista. No post feito por Tuca Andrada, o ator publicou um print de Surita “imitando” Marcelo Cosme. Na legenda, o artista escreveu: “Esse é Emílio Surita, apresentador da JP, que segundo especialistas é a mais perfeita definição de babaca hoje no Brasil”.
Para quem não viu, durante a edição de terça-feira (23) do Pânico, Emílio fez gestos para imitar Cosme, que é assumidamente homossexual. “Ele é muito solto”, disparou o contratado da Rede TV.
Relembre processo
Em 2014, a atriz abriu uma ação contra o apresentador e o contra o Pânico. No processo, a famosa acusava a equipe do programa de perseguição e também de ofendê-la em rede nacional. Em setembro do ano passado, a Justiça deu vitória para Luana e determinou que ela recebesse uma indenização de R$ 308 mil. A sentença foi direcionada para Emílio, Rodrigo Scarpa, Marcelo Gancho e Eduardo Rapp.
Reação Marcelo Cosme
Marcelo Cosme compartilhou um longo textos nas redes sociais sobre ser um homem gay e o preconceito que as LGBTQIAPN+ sofrem na sociedade após ser alvo de um ataque homofóbico de Emílio Surita.
“Sobre respeito, sobre ser cidadão. Sobre ser anti qualquer preconceito. Sobre ser um homem gay!”, começou o âncora do “Em Pauta”, da Globonews. Ele continua: “A gente nunca espera ser alvo de discriminação, mesmo que ela esteja ali, sempre como um fantasma para quem é da comunidade LGBTQIA+. A gente também não se acostuma com o preconceito, ainda que ele faça parte do cotidiano”.
Cosme ressalta a necessidade de problematizar a situação que ele e outras passam diariamente: “E a gente não pode se conformar e nem normalizar seja qual for a forma que ele se apresente, seja a LGBTFOBIA, o racismo, o machismo e/ou qualquer outro tipo. E muito menos entender a discriminação como uma simples piada. A diversão de uns pode representar e incentivar o soco na rua, a lâmpada na cabeça e outros ataques. A gente precisa evoluir e não retroceder. O crime precisa ser visto como crime”.
“Respeitar cada um e suas diferenças nos une. Não é uma pauta apenas brasileira, é uma necessidade mundial. Eu tenho uma família que me ama, amigos que me respeitam, colegas de trabalho que me apoiam e até desconhecidos que me abraçam. E quem não tem? Quem é calado, abusado, sufocado, morto? É por mim e por estes que sempre vou me posicionar contra qualquer tipo de preconceito, faz parte do meu papel de cidadão e de jornalista. Aquela máxima “Os cães ladram e a caravana passa” me guia. Seguimos! Atentos, vigilantes e com uma boa dose de amor e felicidade! O amor e o respeito são o caminho!”, completou Marcelo Cosme.