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Luciano Bivar, do União Brasil, desiste de candidatura à Presidência da República

Ele anunciou a decisão durante convenção da legenda no Recife. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente nacional do partido União Brasil e deputado federal, Luciano Bivar, desistiu da candidatura à Presidência da República. Ele anunciou neste domingo (31) a decisão durante convenção da legenda no Recife, sua cidade natal.
“Resolvi voltar e permanecer na Câmara Federal”, disse em seu discurso. Ele sinalizou, no entanto, que a legenda deve ter candidato próprio. Setores do União Brasil defendem que o melhor nome para substituir Bivar é o da senadora pelo Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke.

Apoio sem coligação

Petistas acham possível obter o apoio de uma parcela do União Brasil, ainda que sem aliança formal e adesão total da legenda. A ideia dos petistas é que um acerto com o presidente do União Brasil reforçaria o discurso de Lula de que sua candidatura não é de um partido, mas de um movimento.

Se a cúpula do PT conseguir marcar a reunião na semana que vem, dificilmente conversará diretamente com Bivar. Quem tem conduzido negociações com outros partidos é o vice-presidente, Antonio Rueda.

O União Brasil tem capilaridade nos Estados. Mesmo sem adesão total a Lula, políticos do partido poderiam dar maior volume à campanha do ex-presidente da República.

A legenda também é campeã em recursos do Fundo Eleitoral e em tempo de propaganda durante a campanha.

Resistência

A conversa entre PT e União Brasil começou com congressistas das duas legendas nas últimas semanas. Petistas acham quase impossível obter apoio formal do partido.

Caciques do União Brasil vão na mesma linha e classificam as chances de coligação como “praticamente zero”.

Nomes importantes da legenda, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, dificilmente topariam se aliar a petistas. ACM Neto é pré-candidato de oposição ao governo da Bahia, controlado pelo PT desde 2007.

Uma aliança formal com Lula também traria dificuldades para candidatos a deputado do União Brasil que têm voto antipetista.

A prioridade do partido é eleger uma grande bancada na Câmara para receber o máximo possível do Fundo Partidário. A divisão dos recursos tem o número de deputados federais como principal critério.

O prazo para as convenções partidárias se encerra no dia 5 de agosto, por isso a urgência das tratativas.

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