As duas maiores tragédias a atingir a economia brasileira na última década, a crise provocada pela petista Dilma Rousseff e a crise provocada pela pandemia da covid-19, parecem ter sido superadas pelo menos no quesito lucro dos bancos públicos e estatais como os Correios, conhecido pelo seu inchaço e ineficiência. A estimativa do sindicato de funcionários dos Correios é de lucro recorde em 2021: mais de R$3 bilhões.
Recorde
O Banco do Brasil anunciou na semana passada mais de 50% de crescimento nos lucros: R$21 bilhões.
Petróleo
A Petrobras, alvo predileto da roubalheira na era petista, prevê lucro de mais de R$63 bilhões em 2021.
Banco público
Em 2021, a Caixa Econômica quase dobrou o resultado de 2020 e deve registrar cerca de R$18 bilhões de lucro.
Setor elétrico
A Eletrobras, que vai ser privatizada, deve registrar cerca de R$3 bilhões de lucro em 2021.
Barroso discursou no TSE como líder da oposição
O discurso longo do ministro Luis Roberto Barroso, nas despedidas da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reforçou as suspeitas de que o magistrado alimentaria sonhos de ingressar na carreira política. Ele sempre negou isso até a assessores mais próximos Mas a contundência dos ataques a Jair Bolsonaro, mesmo a pretexto de reagir a agressões do presidente, deixaram a impressão nos meios políticos de que o ministro fez discurso próprio de líder de oposição ao atual governo.
Retórica de oposição
O respeitado cientista político Fernando Schüler, da Rádio Bandeirantes, está entre aqueles que viram retórica de posição no discurso de Barroso.
Insegurança jurídica
A atitude exasperada da cúpula do TSE acabou provocando dúvidas nos políticos sobre a imparcialidade da Corte em julgamentos na campanha.
Não vai acabar bem
Edson Fachin tem atitude beligerante idêntica a Barroso, e cederá lugar a Alexandre de Moraes, em agosto. Isso não vai acabar bem.
Na crista da onda
A declaração agressiva e ignorante da porta-voz da Casa Branca serve para confirmar o protagonismo do Brasil. Às vésperas da visita de Bolsonaro, vários presidentes estiveram em Moscou, como o argentino Alberto Fernández e o iraniano Ebrahim Raisi. E ninguém notou.
Os sem-votos
A reunião de pré-candidatos a presidente em São Paulo mais parecia um encontro dos sem-votos, à exceção de Sergio Moro (Podemos). A estrela foi a falante Simone Tebet (MDB), que oscila entre 0% e 1%.
Cadê a placa “saída”?
Louco por uma desculpa para não disputar a reeleição, porque o Rio Grande do Sul tem a tradição de não reeleger governadores, Eduardo Leite deve tenta uma saída honrosa disputando o Planalto pelo PSD.
Tabuleiro geopolítico
O cientista político Paulo Kramer alerta que atenção americana para a Ucrânia deve ter consequências. Xi Jinping (China) sabe que Taiwan é mais importante para os EUA e pode acelerar avanço sobre o território.
Lobby não é bancada
Grupo de advogados “rejeita” projeto que isenta as vítimas de violência doméstica de IPI na compra de carro, alegando “falta do estudo de impacto fiscal”. Lobistas (ainda) não votam. A decisão é do Congresso.
Não tem mar, mas…
Os portos fluviais do Centro-Oeste do Brasil foram o grande destaque do setor, com crescimento de 25% na carga movimentada, região com maior alta em 2021. Segundo a Antaq, foram 3,9 milhões de toneladas.
Regional
O Sudeste lidera a campanha de vacinação entre as regiões: mais de 164 milhões de doses de imunizantes foram aplicadas em São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Menos mal
Fevereiro começou com uma pequena boa notícia sobre combustíveis. Levantamento TicketLog em 22 mil postos revelou queda de 1,53% no preço médio do etanol. A gasolina não caiu, mas ficou na estabilidade.
Pensando bem…
… tem candidato que só tem votos no metaverso.
PODER SEM PUDOR
Encarando um provocador
Jânio Quadros, que renunciou à presidência da República após sete meses no cargo, fazia campanha para o governo paulista, em 1982, quando ouviu gritar um mendigo, com um toco de cigarro pendurado nos lábios: “Fujão! Fujão! Fujão!”. Jânio tentou ignorar, mas, ao descer do palanque, lá estava o provocador: “Fujaããão!” Jânio olhou-o fixamente e partiu em sua direção, resoluto. Temia-se até uma agressão física. Ele parou diante do mendigo, que se calara repentinamente, paralisado, com medo. Jânio, num golpe rápido, ao invés de um soco, retirou o toco de cigarro dos lábios provocadores, colocou-o na própria boca e foi embora.
(Com colaboração de André Brito e Tiago Vasconcelos)