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Política Lula ajusta discurso, indica que disputará reeleição e muda de estratégia para evitar perda de apoios em partidos da base aliada

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Ao trazer para si a candidatura petista em 2026, Lula envia um sinal à classe política de que está “no jogo”

Foto: Agência Brasil
Ao trazer para si a candidatura petista em 2026, Lula envia um sinal à classe política de que está “no jogo”. (Foto: Agência Brasil)

Com a popularidade em baixa e diante de ameaças de deserção na base aliada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ajustou o discurso e passou a dar sinais de que não quer mais suspense sobre sua candidatura à reeleição no ano que vem. Ao menos, é esta mensagem que ele deseja espalhar neste momento no mundo político.

Seu círculo próximo passou a repetir que as dúvidas em torno deste assunto foram dissipadas. Se o presidente até pouco tempo atrás dizia que tentar o quarto mandato dependeria de como estivesse sua saúde e deixava muitos se questionando sobre sua intenção, a mensagem agora é que o chefe é “candidatíssimo”, relatam auxiliares.

Ministros elencam dois propósitos por trás dessa estratégia. Ao afirmar que estará no páreo, Lula pretende barrar o que poderia se tornar uma disputa fratricida dentro do governo por sua sucessão. Há na Esplanada ao menos três nomes vistos como em condição de pleitear o posto: Fernando Haddad (Fazenda), Camilo Santana (Educação) e Rui Costa (Casa Civil).

Além disso, ao trazer para si a candidatura petista em 2026, Lula envia um sinal à classe política de que está “no jogo” e tenta evitar, assim, uma debandada precoce de partidos da base do governo, diz um aliado. Com pesquisas indicando rejeição em alta, Lula passa a ser alvo mais frequente dos grupos que se opõem à aliança com o PT.

Legendas do Centrão têm alas que advogam por caminhar junto com o campo bolsonarista em 2026. Estão nesse grupo MDB, PSD, Republicanos, PP e União Brasil. Juntos, esses partidos comandam dez ministérios e têm 240 dos 513 votos na Câmara.

Segundo um ministro, também contribuiu para “a virada de chave” no discurso do presidente a recuperação da cirurgia na cabeça após um acidente no Palácio da Alvorada em 2024. Com a alta médica no início do ano, o petista sentiu-se mais confiante de indicar suas pretensões para a corrida eleitoral. O ajuste de rota coincidiu, no entanto, com a queda da popularidade de Lula e a necessidade de se aproximar da articulação política para azeitar a relação com a nova cúpula do Congresso.

Em conversa recente com senadores, o presidente disse estar se preparando para a reeleição, repetindo os sinais que tem dado ao seu núcleo duro.

“(A dúvida) está superada. Não existe plano A ou B. Só existe o plano Lula para o PT. A não ser que ele não queira disputar, essa é uma questão pacificada, e o candidato é ele. E, pelo que ele tem dito, ele pensa dessa maneira. Ele está absolutamente convencido de ser o candidato”, diz o senador Humberto Costa (PT-PE), presidente interino do PT.

A imagem de candidato vem sendo reforçada com o roteiro de viagens pelo país que o petista iniciou e pretende intensificar nos próximos meses. Lula entende que a recuperação do apoio popular virá com ele “gastando sola de sapato” e colocando “pautas na rua”, pontua um ministro. Ele cita como exemplos dessas pautas a isenção do pagamento do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a PEC da Segurança Pública.

A preparação para 2026 inclui conversas com aliados sobre costuras eleitorais, para já começar a pensar em palanques e projetar cenários. O senador Omar Aziz (PSD-AM) afirma que, recentemente, Lula o procurou para tratar da corrida ao governo amazonense e de possíveis nomes para o Senado. Aziz deve oficializar em breve sua pré-candidatura ao governo do Amazonas. As informações são do jornal O Globo.

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