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Notícias Lula ameniza o tom sobre a guerra e nega ter igualado a responsabilidade de Rússia e Ucrânia

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Lula foi questionado sobre os temas durante entrevista em Portugal, ao lado do presidente Marcelo Rebelo. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em Portugal, o presidente Lula mudou o tom e negou ter igualado as responsabilidades da Rússia e da Ucrânia pela guerra. Ao lado do presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, o chefe do Executivo brasileiro falou sobre o combate ao extremismo, à desinformação e reafirmou que pretende zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030.

Lula foi questionado sobre as declarações recentes sobre a invasão da Rússia à Ucrânia. Durante a viagem à China e aos Emirados Árabes Unidos, na semana passada, o presidente atribuiu parte da culpa pelo conflito ao país que foi invadido por tropas russas; disse que a decisão da guerra tinha sido tomada por dois países. Agora, em Portugal, Lula moderou o tom. Afirmou que nunca igualou responsabilidades de Rússia e de Ucrânia, e condenou a invasão.

“Eu nunca igualei os dois países porque eu sei o que é invasão, eu sei o que é integridade territorial e todos nós achamos que a Rússia errou, e já condenamos em todas as decisões da ONU. Mas eu acho que precisa agora… A guerra já começou e é preciso agora parar a guerra”, afirmou o presidente do Brasil.

O presidente Lula também foi questionado se ele mantinha a posição de que os Estados Unidos e a União Europeia contribuem para a continuidade da guerra.

“Veja… Se você não fala em paz, você contribui para a guerra. A Rússia não quer parar, a Ucrânia não querer parar. Pois bem, nós vamos ter que encontrar um grupo de países que possam formular, numa relação de confiança, a ideia de que a guerra… Para, senta na mesa e conversa, que a gente vai encontrar um resultado muito melhor,”, disse Lula.

O presidente português fez questão de dizer que a posição de seu país é outra. Marcelo Rebelo de Sousa disse que compartilha as posições da Otan e da União Europeia e afirmou que considera injusto não armar a Ucrânia para se defender de uma invasão e recuperar seus territórios.

“A posição portuguesa é diferente. Entende que uma eventual via de caminho para a paz supõe previamente o direito de a Ucrânia de poder reagir à invasão, recuperar o que puder recuperar e quer recuperar, tendencialmente tudo que puder da sua integridade territorial, por uma questão de princípio, que é não beneficiar o infrator”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

No fim do dia, um documento confirmou a mudança de tom do Brasil sobre a guerra na Ucrânia. Em uma declaração conjunta, Brasil e Portugal condenaram a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e classificaram a anexação de partes do território ucraniano como violações do direito internacional.

Acordos bilaterais

Na mesma cerimônia, o presidente Lula selou a assinatura de 13 acordos de cooperação com Portugal nas áreas de educação, produção audiovisual, turismo, comunicações e saúde. Destaque para a equivalência dos diplomas dos ensinos médio e fundamental, que vai tornar menos burocrático o processo para brasileiros estudarem ou trabalharem em Portugal, e também o reconhecimento mútuo das carteiras de habilitação.

O Brasil também anunciou um escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos em Portugal, e foi confirmada a parceria para produção da aeronave Super Tucano, da Embraer, no padrão da Otan.

No fim da cerimônia, o presidente Lula falou sobre o longo tempo de falta de diálogo com Portugal em governos anteriores e prometeu empenho para acelerar um acordo entre a União Europeia e o Mercosul.

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