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Política Lula amplia flerte com o Centrão, de olho na eleição de 2026

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Presidente busca angariar apoio para sua tentativa de reeleição ou evitar a adesão de legendas a candidatura do campo bolsonarista. (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Após a indicação de Pedro Lucas Fernandes (União-MA) para o Ministério das Comunicações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá o desafio de ampliar o movimento de aproximação com os partidos do Centrão visando a governabilidade e também a eleição presidencial de 2026.

A expectativa, no entanto, varia de acordo com as legendas. No caso do União Brasil, integrantes do Planalto acreditam que seja possível atrair o partido para uma aliança com Lula no ano que vem. Na visão dessas fontes, além de ter conseguido trazer o líder da bancada na Câmara para a Esplanada, Lula conta com a simpatia do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), que articulou pelo nome de Pedro Lucas e tem boa relação com o presidente da legenda, Antônio Rueda.

Entretanto, ratificar uma aliança com o União para a chapa presidencial ainda é tarefa difícil, uma vez que vários dos parlamentares e prefeitos do partido seguem alinhados à oposição, a depender da base eleitoral.

O próprio Pedro Lucas apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno contra Lula em 2022. E, um dia após ter sido confirmado no posto pela ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), o deputado emitiu nota dizendo que não tomaria nenhuma decisão de entrar do governo sem antes consultar a bancada da qual é líder.

O titubeio do futuro ministro foi lido no Planalto como reflexo dos problemas que Pedro Lucas vem enfrentando para administrar a sucessão na bancada. Em parte, por conta da resistência de Rueda, que o indicou e teme perder o controle sobre a liderança. E, por outro lado, por conta da grande presença de bolsonaristas entre os deputados do União.

Arthur Lira

Aconselhado por ministros e pessoas próximas, Lula ainda cogita abrir mais espaços para PP e PSD em seu ministério. Nesse quadro, ressurge o nome do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), que esteve com Lula na sexta-feira (11). Cogita-se, nos bastidores, a possibilidade de que o deputado assuma a Agricultura ou o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) – apesar da resistência da base petista em entregar essa pasta.

Porém, um dificultador para a entrada de Lira no governo é o fato de ele ser o relator do projeto de lei que isenta quem recebe até R$ 5 mil de pagar Imposto de Renda. Esse PL é visto como crucial para Lula alavancar sua popularidade e entrar no último ano de mandato com uma marca forte de seu governo. Ao mesmo tempo, a oposição não encontra argumentos para inviabilizá-lo.

Outro entrave é que, caso indicado, o deputado teria que deixar o cargo em abril do ano que vem para disputar a eleição – ele pretende concorrer ao Senado. Há ainda uma avaliação, no grupo de Lira, de que o governo tem “má-vontade” com o agro. E, para aceitar o convite para chefiar a pasta da Agricultura, teria que ter algo concreto a oferecer para o setor. A interlocutores, o parlamentar tem dito que vê mais dificuldade do governo com o União do que com o próprio PP.

Na visão de fontes no Planalto, embora escassa, haveria alguma chance de o PP integrar uma chapa presidencial do petista caso Lira integre o ministério. Do que ninguém tem dúvida é que a presença do alagoano melhoraria a governabilidade e aumentaria o peso do PP na Esplanada, uma vez que a legenda está representada hoje apenas por André Fufuca (MA) no governo Lula.

Lira fez parte da comitiva levada por Lula ao Japão, entre 24 e 27 de março, juntamente com Alcolumbre, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O convite de Lula para essas e outras lideranças irem à Ásia faz parte do movimento de aproximação com o Centrão.

Na viagem, Lula comprometeu-se com Motta a chamar os presidentes dos partidos para conversar quando chegasse ao Brasil. Como o presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), é ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, o intermediário da legenda será o próprio Lira.

Fontes no Planalto e aliados de Lira afirmam, porém, que Lula ainda não discutiu com o deputado a possibilidade de ele entrar no ministério. Lira, assim como outros integrantes do Centrão, acredita que o governo não deve recuperar os índices de aprovação até a eleição presidencial. Mesmo assim, Lula seguirá competitivo. (Com informações do jornal Valor Econômico)

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https://www.osul.com.br/lula-amplia-flerte-com-o-centrao-de-olho-na-eleicao-de-2026/ Lula amplia flerte com o Centrão, de olho na eleição de 2026 2025-04-14
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