Quinta-feira, 02 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de dezembro de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nessa segunda-feira (3) o decreto que estabelece o novo valor do salário mínimo, elevando-o para R$ 1.518 a partir de 1º de janeiro de 2025. O aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior é superior à inflação acumulada no período, o que representa uma correção que beneficia os trabalhadores com um reajuste acima do índice de preços.
Esse reajuste segue as diretrizes estabelecidas pela lei sancionada por Lula, que limita o aumento do salário mínimo a 2,5% acima da inflação nos anos de 2025 a 2030. A fórmula para o cálculo do novo valor do piso salarial considerou a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que foi de 4,84% nos últimos 12 meses até novembro, somada ao percentual de 2,5% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que garante o ganho real, ou seja, um aumento superior à inflação.
Em seu discurso durante a assinatura do decreto, o presidente Lula destacou a importância do reajuste, afirmando que, em seu governo, o salário mínimo será sempre ajustado acima da inflação, garantindo assim um ganho real para os trabalhadores. Esse compromisso com a valorização do salário mínimo é, segundo o presidente, um reflexo de sua política de distribuição de renda, visando melhorar as condições de vida dos brasileiros e reduzir as desigualdades sociais.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, também se pronunciou sobre o impacto da medida, ressaltando que a política de valorização do salário mínimo, aprovada em 2023, é fundamental para o bem-estar dos trabalhadores.
Para Marinho, a ausência dessa política seria uma verdadeira “tragédia” para a população mais vulnerável. Ele expressou otimismo com o futuro econômico do Brasil, afirmando que a expectativa é que, em 2025, o país continue a trilhar o caminho do crescimento econômico sustentável.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 59 milhões de pessoas no Brasil têm seus rendimentos diretamente vinculados ao salário mínimo. Desses, aproximadamente 19 milhões são aposentados e pensionistas que recebem o valor do piso nacional, o que demonstra a relevância dessa medida para uma parcela significativa da população.
O novo valor, além de representar um ganho real, é uma das principais ferramentas para melhorar o poder de compra da população de baixa renda, contribuindo para o aumento da demanda interna e o fortalecimento da economia brasileira.