O ex-presidente Lula foi consultado sobre a possibilidade de o PT lançar o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo a prefeito de São Paulo. Deu sinal verde. A consulta foi feita por Fernando Haddad, a pedido de lideranças do próprio partido. No passado, Lula e Cardozo tiveram problemas e os petistas queriam saber se o mal-estar persistia.
Cardozo, no entanto, resiste à ideia. “Eu fico muito honrado com a lembrança. Mas a possibilidade está em desacordo com as decisões que já tomei, em relação à minha vida profissional, como advogado, e à minha vida acadêmica”, afirma ele.
O grupo do PT que pensa em lançar Cardozo não acredita nas chances eleitorais de Jilmar Tatto, que já se coloca como pré-candidato. Ele ficou em sétimo lugar na disputa pelo Senado no ano passado.
Com a recusa do ex-ministro, o grupo ficaria com poucas alternativas. Haddad já disse que não será candidato. Aloizio Mercadante, sondado, também recusou.
Nessa hipótese, setores da legenda admitem a ideia de formar uma frente com outros partidos — no limite, até abrindo mão de candidatura própria.
Os movimentos de Marta Suplicy também são observados com lupa. Caso ela seja candidata, pode tirar votos preciosos do PT.
Marta tem sido sondada por algumas legendas. Tem dito que pretende voltar a atuar na política — não necessariamente como candidata.
As informações são da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
PT na Câmara
Com decisão de expulsar o deputado federal Alexandre Frota, o PSL deixa o PT passar à frente e ter o maior número de deputados em exercício na Câmara. Até hoje, segundo o site da Casa, os dois partidos se mantinham empatados no número de representantes no Legislativo, com 54 deputados federais cada um.
O PSL tem ainda outros dois deputados que não exercem o cargo, entre eles o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, suspeito de envolvimento no escândalo de candidaturas “laranjas” do partido. O cargo no momento é ocupado por Enéias Reis (MG). O PT tem outros dois deputados que atualmente não exercem o mandato.
Frota era integrante do PSL de São Paulo e teve a expulsão confirmada hoje após críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ele foi o único representante do partido que não votou a favor da reforma da Previdência — se absteve e disse que o governo não precisava de seu voto.
Foi eleito com mais de 156 mil votos e, segundo a legenda, foi expulso com base no artigo do regimento que regulamenta o desalinhamento partidário. O PSL afirmou que a decisão pela expulsão de Frota foi unânime.
Antes, o deputado expulso perdeu a vice-liderança do partido na Câmara e se envolveu em disputas internas com um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), questionando a liderança estadual do aspirante à embaixada dos EUA.