Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2022
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficará em Brasília até a noite desta quinta-feira (10) e retorna a São Paulo, onde passa o fim de semana. Na próxima semana, ele viaja para o Egito, onde participará da Conferência do Clima da ONU (COP27).
No retorno da viagem internacional, o presidente eleito pode se mudar de vez para Brasília, onde a equipe de transição já trabalha. A possibilidade de mudança de São Paulo antes da posse foi debatida nesta terça-feira (8), por Lula. O entorno do petista discute se ele irá se instalar no hotel que costuma usar como base em suas viagens à capital do País.
Em 2002, após sua primeira eleição, Lula passou apenas quatro dias na Granja do Torto, residência de campo da Presidência da República. Ele se mudou para o local no final de dezembro, pouco antes da posse. A residência havia sido oferecida pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
O presidente eleito embarca para o Egito na próxima segunda-feira (14) e deve retornar só no final de semana seguinte. Ele participa da COP27 nos dias 16 e 17, e pode fazer uma parada em Portugal na volta ao Brasil.
Lula passou esta terça em reuniões em São Paulo, em um hotel na zona sul da capital. Ele falou por telefone com lideranças internacionais como Pedro Castillo (presidente do Peru), Cristina Kirchner (vice-presidente da Argentina), Mark Rute (ministro-presidente da Holanda), Rodrigo Chaves (presidente da Costa Rica) e Josep Borrell (Alto Comissário da União Europeia).
O petista também fez reuniões com o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, que foi coordenador de comunicação da campanha presidencial do PT, com o ex-senador Jorge Viana (PT-AC), e recebeu o bispo Romualdo Panceiro, ex-número 2 da Igreja Universal e atual líder da Igreja das Nações do Reino de Deus.
Lula almoçou com o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, no mesmo hotel onde permaneceu em reuniões de trabalho. Ao sair, Belluzzo disse não ter discutido com Lula a indicação de pessoas para a equipe econômica e minimizou diferenças de pensamento entre os economistas que compõem a lista de conselheiros do novo governo.
“Não acho que seja o caso de discutir agora querelas de economistas. (…) É bom você ter essa divergência, divergência é saudável. Divergência faz o pensamento avançar”, afirmou. “Acho que ele vai, na verdade, reproduzir o que aconteceu no governo dele, em que você teve crescimento de 4%, isso no geral, e superávit primário todos os anos”, afirmou Belluzzo.