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Lula, Bolsonaro, Temer, Dilma: veja como foi o desempenho do PIB nos últimos governos

O desempenho do PIB brasileiro variou bastante ao longo dos mandatos, com períodos de forte crescimento e outros de crises profundas. (Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo)

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no terceiro trimestre, na comparação com o período imediatamente anterior, já com ajuste sazonal, informou nessa terça-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas como foi o desempenho do PIB nos últimos governos? Confira abaixo.

Sigla que indica “Produto Interno Bruto”, trata-se da soma das riquezas produzidas por um país em determinado período. No terceiro trimestre deste ano, a economia brasileira foi impulsionada pelo consumo das famílias e dos investimentos, pelo lado da demanda.

Pelo lado da oferta, serviços, que representam 70% do PIB nacional, e indústria cresceram. A agropecuária foi o único setor que recuou.

Lula (2003–2006)

O PIB cresceu de forma consistente ao longo do primeiro mandato de Lula. Em 2003, o crescimento foi de 1,1%, seguido por um forte crescimento nos anos seguintes: 5,7% em 2004, 3,2% em 2005 e 4,0% em 2006.

Lula (2007–2010)

O crescimento econômico continuou, com uma média elevada. Em 2007, o PIB cresceu 6,1%, em 2008 cresceu 5,2%, mas em 2009 houve uma retração de -0,1% devido à crise financeira global. Em 2010, o crescimento foi de 7,5%.

Dilma (2011–2014)

O primeiro mandato de Dilma teve um desempenho mais modesto. Em 2011, o crescimento foi de 4%, seguido por 1,9% em 2012, 3,0% em 2013 e apenas 0,5% em 2014.

Dilma (2015–2016)

O segundo mandato foi marcado por uma profunda recessão. Em 2015, o PIB caiu -3,5% e, em 2016, a queda foi de -3,3%.

Temer (2016–2018)

Após o impeachment de Dilma, o governo Temer implementou medidas de austeridade. Em 2017, o PIB cresceu 1,3%, e em 2018, o crescimento foi de 1,8%.

Bolsonaro (2019–2022)

O mandato de Bolsonaro começou com um crescimento modesto de 1,2% em 2019. Em 2020, o PIB caiu -3,9% devido à pandemia de Covid-19. Em 2021, houve uma recuperação com um crescimento de 4,6%, mas em 2022 o crescimento desacelerou para 2,9%.

Em resumo, o desempenho do PIB brasileiro variou bastante ao longo dos mandatos, com períodos de forte crescimento, especialmente nos primeiros anos de Lula, e crises profundas, como no segundo mandato de Dilma e durante a pandemia no governo Bolsonaro.

Economia em 2024

O desempenho completo da economia em 2024 só será conhecido após os resultados do segundo semestre. Mas a surpresa positiva levou economistas a revisarem suas projeções, prevendo que o PIB brasileiro possa crescer 3% este ano.

Em 2023, a economia cresceu 2,9%. No ano passado, o avanço do PIB brasileiro fez o país voltar ao posto de nona maior economia do mundo.

Clube dos 10

A economia brasileira era a 18ª maior do planeta em 1980. Mas, em 1994, logo após o Plano Real, o PIB brasileiro entrou no “clube dos 10”, na décima posição. E, em 1995, chegou à sétima posição. Na época, à frente da China: a economia brasileira tinha um tamanho de US$ 771 bilhões. E a chinesa, de US$ 731 bilhões.

Mas a ascensão da China foi meteórica. O país, que tinha o 13º maior PIB do mundo em 1990, chegou à terceira posição em 2007 e ultrapassou o Japão em 2010.

Para 2024, o FMI projeta um PIB chinês de US$ 18,532 trilhões – ainda longe dos US$ 28,8 trilhões dos EUA, líderes incontestes nas últimas décadas, mas bem acima dos US$ 4,6 trilhões da Alemanha, atual terceira no ranking. Tratam-se dos dados divulgados em abril, que consideram uma previsão de 2,2% de crescimento para o PIB brasileiro em 2024.

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