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Geral Lula cobra que a base do governo no Congresso Nacional entre em campo contra o projeto do aborto

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Presidente disse em entrevista que os jogadores de futebol do país priorizam jogar em times do exterior, e a escalação da seleção reflete esse movimento. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o projeto de lei que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. O presidente defende que a bancada do governo no Congresso tome uma posição e deve “ter a coragem” de debater e divergir.

“É de uma insanidade tão grande. O cidadão criar a ideia de que quem foi vítima do aborto ter pegar uma pena maior do que o cara que praticou o estupro é uma coisa impensável para uma pessoa de juízo perfeito”, criticou o petista em entrevista à Rádio Mirante News FM, do Maranhão, nessa sexta-feira (21).

Na avaliação de Lula, o governo precisa entrar no debate e mostrar posição contrária ao projeto. “Tenho dito à bancada que defende o governo lá [no Congresso Nacional] que não podemos ficar receosos, temos que ter coragem de debater, discutir e divergir”, comentou.

A Câmara aprovou a urgência do projeto no último dia 12. A votação relâmpago aconteceu de modo simbólico e sem que o nome do projeto fosse citado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quando pautado no plenário. Alguns parlamentares nem sequer perceberam o que estava sendo votado. Houve reclamações sobretudo do PSOL, que é contrário à iniciativa.

Nos dias seguintes à aprovação, contudo, o governo tentou se manter distante da discussão para evitar um desgaste de ser atrelado a mais uma possível derrota no Congresso. Segundo relatos, porém, a influência da primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, teria influenciado uma mudança de postura.

Após repercussão pública da proposta, Lira passou a dizer que não há pressa em votar o texto. O grupo de deputados que defende a proposta também já fala em tentar apreciar a proposta ainda este ano.

Saúde pública

No último dia 18, o petista havia criticado o autor do texto e sugerido que o debate sobre o tema encarasse o aborto como “questão de saúde pública”. O idealizador do projeto é o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), um dos líderes da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara dos Deputados. Mais de 30 parlamentares assinam a proposta como coautores.

“O cidadão diz que fez o projeto ‘para testar o Lula’. Eu não preciso de teste, quem precisa de teste é ele. Eu quero saber se uma filha dele fosse estuprada, como ele ia se comportar”, disse o presidente em entrevista ao Jornal da CBN.

O petista ressaltou que, a nível pessoal, é contra o aborto, mas criticou a desigualdade social no acesso ao procedimento. “Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, sou contra o aborto, para ficar bem claro. Agora, enquanto chefe de Estado, o aborto tem que ser tratado como questão de saúde pública, porque você não pode continuar permitindo que a ‘madame’ vá fazer um aborto em Paris e que a coitada morra em casa tentando furar o útero com uma agulha de tricô. Este é o drama que estamos vivendo”, afirmou.

Para Lula, o tema não deveria estar em tramitação na Câmara, muito menos em regime de urgência. Segundo o presidente, assuntos mais prioritários ao País deveriam estar em discussão e pautas de costumes “não têm nada a ver com a realidade que vivemos”.

“Quem está abortando são meninas de 12, 13, 14 anos, é crime. É crime hediondo. O cidadão estuprar a menina e depois querer que ela tenha um filho. Um filho de monstro”, disse Lula. “A menina é obrigada a ter um filho de um cara que estuprou ela? Que monstro vai sair do ventre desta menina?”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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