O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou nesta quinta-feira (15) “racionalidade” do agronegócio para que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia possa avançar e ser concluído.
Ele citou entraves, impostos principalmente pela França, para a conclusão do acerto entre os blocos. “O Parlamento francês disse que não vai votar o acordo Mercosul-União Europeia por causa da quantidade de veneno usado nos produtos agrícolas brasileiros. Então, é importante a gente levar em conta que ser racional, cuidar da agricultura de boa qualidade, é uma necessidade competitiva do Brasil para a China e para a França, para os Estados Unidos e para a Alemanha”, disse o petista em entrevista a emissoras de rádio.
Na sequência, Lula afirmou que todo agricultor “inteligente” sabe o valor da preservação ambiental para as exportações brasileiras. “O produtor rural, aquela pessoa séria, aquela pessoa que vive da produção e exportação, sabe que será prejudicial para seus negócios a gente extravasar em queimadas, entrar em terras que não podemos entrar, poluir rios que não pode poluir”, disse o presidente.
“Todo agricultor inteligente e todo agricultor de bom senso sabe que a preservação ambiental é um valor a mais para os produtos que a gente está produzindo para exportar”, completou o petista.
O acordo Mercosul-União Europeia é negociado desde 1999. Vinte anos após o início das conversas, em 2019, os blocos finalizaram as negociações comerciais e, um ano depois, os chamados aspectos políticos e de cooperação. Desde então, o acordo está em fase de revisão para ser feita a assinatura.