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Política Lula combina conversas e deixa ministro e marqueteiro de sobreaviso para troca iminente na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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Com a troca do comando da Secom, Lula busca melhorar a comunicação do governo. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva combinou com o ministro Paulo Pimenta e o marqueteiro Sidônio Palmeira que vai chamá-los para conversar nos próximos dias para tratar do futuro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. A tendência é que a mudança no posto seja efetivada, com a saída de Pimenta e a entrada de Sidônio no governo ambos já receberam sinalizações nesse sentido do chefe do Executivo.

Na prática, a Secom já vive nas últimas semanas uma transição de comando. Desde o anúncio da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, em novembro de 2024, Sidônio vem sendo uma presença mais frequente na gestão, ainda que não tenha cargo formal. Ele participou da montagem de uma peça publicitária sobre a mudança, que não foi ao ar pois o texto do projeto de isenção ainda não foi enviado ao Congresso.

Passou também pelo marqueteiro a campanha de final de ano do governo com o conceito “Todo dia a gente faz um Brasil melhor”. Sidônio e Pimenta acompanharam no Palácio da Alvorada a gravação do pronunciamento de Lula que foi ao ar na noite de 23 de dezembro. O discurso passou pelo aval de ambos.

No mesmo mês, o publicitário e o ministro estiveram juntos na confraternização de fim de ano que Lula fez com seus ministros, em um almoço no Alvorada. Na largada do governo, Sidônio já havia contribuído com a criação do slogan “União e Reconstrução” e ações voltadas à COP30, que acontece em novembro em Belém.

Lula ainda não bateu martelo quanto ao destino do atual ministro da Secom. Pimenta é um dos auxiliares mais próximos dele e tem relação de confiança com o presidente. O petista, contudo, passou a desejar no comando da Secom para a segunda metade do governo alguém com perfil de “estrategista” voltado ao marketing, enquanto Pimenta é um quadro político. No seu cotidiano do Planalto, Lula quer voltar a ter contato diário com um marqueteiro, como tinha em gestões anteriores com Duda Mendonça e João Santana, que trabalharam em suas campanhas presidenciais de 2002 e de 2006, respectivamente.

Sidônio começou a carreira em Salvador e comandou as campanhas vitoriosas na Bahia de Jaques Wagner e Rui Costa entre 2006 e 2018. Ele se aproximou de Lula na campanha de 2022, quando foi marqueteiro e tinha contato diário com o petista. Pessoas que acompanharam o trabalho na época relatam que os dois tinham sinergia.

Já Pimenta poderá assumir outra pasta no Planalto, como a Secretaria-Geral da Presidência, ou ir para a liderança do governo da Câmara, função que hoje é do deputado José Guimarães (PT-CE). Pimenta é deputado federal pelo Rio Grande do Sul no sexto mandato consecutivo e deve concorrer ao Senado em 2026.

Há, no entanto, resistências até mesmo dentro do PT para que o ministro da Secom assuma essa função na Câmara.

O próprio Pimenta chegou a mencionar em entrevista à Rádio Gaúcha que pode “cumprir outra função no governo ou no Congresso”. Apesar disso, um grupo de petistas alega que ele não tem diálogo com partidos do Centrão, algo que seria essencial para essa função, já que a base de esquerda não é suficiente para formar maioria e aprovar as iniciativas de interesse do governo na Câmara.

O ministro tem um perfil combativo e já teceu críticas aos partidos de centro-direita e direita do Congresso. Diferentemente de Lula e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que compõem a Construindo Um Novo Brasil grupo majoritário do partido, considerado mais pragmático , Pimenta faz parte de uma corrente interna mais à esquerda dentro do PT, chamada Socialismo em Construção.

Pimenta chegou a ser líder do PT em 2018 e 2019, quando o partido, na oposição aos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, adotava uma plataforma mais voltada a criticar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão de Lula pela Lava-Jato.

“Guimarães é muito importante aqui. Fazemos o que com ele? Já conversaram com o Centrão? O Centrão concorda? É frágil”, questionou o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que vai liderar o PT a partir de fevereiro.

Com a troca do comando da Secom, Lula busca melhorar a comunicação do governo, problema que ele mesmo apontou em discurso durante encerramento de um seminário do PT, no último dia 6. À militância petista, o presidente disse que “há um erro no governo na questão da comunicação” e que era “obrigado a fazer as correções necessárias para que a gente não reclame de que não está se comunicando bem”.

A mudança também visa a preparar o terreno para a campanha presidencial de 2026, seja com Lula ou outro nome indicado pelo presidente à frente da chapa. As informações são do jornal O Globo.

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