Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 6 de maio de 2023
O governo federal confirmou a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do G7, grupo que reúne Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Itália, França, Alemanha e Canadá. A reunião entre os líderes ocorre em Hiroshima entre os dias 19 e 21 de maio e a presença de Lula marca um retorno do Brasil ao grupo, depois de anos ignorado e preterido.
“O Brasil compartilha valores que congregam os países do G7 – como o fortalecimento da democracia, a modernização econômica e a proteção do meio ambiente e dos direitos humanos – e mantém com seus membros permanente coordenação sobre temas da agenda internacional, seja de forma bilateral, seja no âmbito do G20 e de organismos internacionais nos quais o Brasil e os membros do G7 interagem”, diz a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.
O ex-presidente Jair Bolsonaro não foi convidado a nenhuma das reuniões do G7, bloco formado por EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Canadá e Itália, além do Japão. Nos últimos anos, os presidentes do Chile ou da Argentina foram convidados pelo grupo e representaram a América Latina.
Segundo o embaixador do Japão, Kazuyuki Yamazaki, desta vez o Brasil será o único país sul-americano convidado ao evento. O fato de ser um dos principais membros dos Brics também foi considerado na escolha. Também devem participar da reunião Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, República da Coreia e Vietnã.
Também foram convidados representantes das Nações Unidas, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, da Agência Internacional de Energia, da Organização Mundial da Saúde, da Organização Mundial do Comércio e da União Europeia.
Esta será a 7ª vez que Lula participará de reuniões da Cúpula, com o Brasil tendo sido convidado em 2003, 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a presença do petista marca a “retomada” do engajamento do Brasil com o grupo que reúne as economias mais desenvolvidas do mundo. Temas como paz e segurança, saúde, desenvolvimento, questões de gênero, clima, energia e meio ambiente devem ser discutidos.
Guerra na Ucrânia
Na cúpula de Hiroshima, a diplomacia japonesa não deixa dúvidas de que a guerra na Ucrânia estará no centro do debate. Mas insiste que o recado que governos querem dar é o da necessidade de se defender a estabilidade da ordem internacional e condenar a agressão russa.
Tóquio deixou claro que dois pontos nortearão sua posição sobre o conflito: Um apelo para o fim da agressão militar por parte da Rússia e a retirada das tropas da Ucrânia; e o engajamento diplomático para estabelecer um acordo de paz.