Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de março de 2024
O governo federal espera que o preço dos alimentos tenha uma redução na prateleira dos mercados já a partir de abril. Nessa quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros para tratar as medidas para a redução do valor de produtos como arroz, trigo, feijão e mandioca.
De acordo com o Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, a inflação geral foi de 0,83% no mês. O levantamento mostrou que os produtos de alimentação e bebidas foram um dos grupos com maior aumento de custo neste período.
De acordo com os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), os preços atuais foram impactados pelas mudanças climáticas de 2023, mas que já há uma redução no custo para os produtores neste ano. Além disso, para evitar que ocorra novas variações de preço com forte impacto para o consumidor, o governo estuda novas medidas para o plano Safra.
Preço do arroz
Fávaro, afirmou que o governo já identificou uma queda de cerca de R$ 20% no preço da saca de arroz e que espera que isso seja transferido na mesma proporção aos consumidores nos mercados.
Segundo o ministro, os casos de arroz, no final do ano, teve um aumento do preço do arroz no supermercado […] Fato é que estamos com a colheita em torno de 10% no Rio Grande do Sul e os preços aos produtores já desceram de R$ 120 para R$ 100 a saca. O que esperamos que se transfira essa baixa dos preços, os atacadistas abaixem também nos mercados.
Para os outros alimentos, como trigo, milho, mandioca e feijão, o governo prepara estratégias para o Plano Safra para que haja incentivo e consequente queda no preço.
“Teremos estratégia para direcionar o crescimento da produção de arroz, feijão, trigo e estamos atentos se essas medidas estruturante, se os preços não baixarem, podemos tomar outras medidas governamentais que será estudada pela equipe econômica”, explicou Fávaro.
Atenção a produtores
O diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edgar Pretto, reforçou que será preciso uma atenção especial aos produtores para incentivar o plantio de alimentos para o mercado interno. Entre as práticas possíveis que a Conab pode adotar, é aumentar o estoque. Isso para socorrer o setor da agricultura quando os preços ficarem muito abaixo do custo de produção.
“O que o presidente nos pede, reforça, é que a gente garanta a todos aqueles que querem voltar a produzir alimentos, o arroz, o feijão, a mandioca, hortaliças, que a gente garanta, com políticas públicas, a venda”, afirmou Edgar Pretto, que também participou da reunião.