Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2025
Presidente informou que há previsão de uma reunião entre a Casa Civil e o Ibama na semana que vem para tratar sobre o assunto
Foto: Reprodução/CanalGovO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (12) que quer explorar petróleo na Margem Equatorial do Amapá, mas que, antes, é preciso fazer pesquisa. “Não é que eu vou mandar explorar [o petróleo], eu quero que ele seja explorado”, afirmou. “Agora, antes de explorar, nós temos que pesquisar”, completou Lula.
Lula lembrou sobre a necessidade de autorização para fazer a pesquisa. Nesse contexto, o presidente afirmou que há a previsão de uma reunião entre a Casa Civil e o Ibama na semana que vem para analisar a viabilidade da Petrobras começar esse trabalho.
“Nós temos que ver se tem petróleo, nós temos que ver a quantidade de petróleo, porque muitas vezes você cava um buraco de dois mil metros de profundidade e você não encontra o que imaginava encontrar”, ponderou Lula.
“O que não dá é para a gente ficar nesse ‘lenga-lenga’. O Ibama é um órgão do governo, parecendo que é um órgão contra o governo. […] A Petrobras é uma empresa responsável, tem a maior experiência de exploração em águas profundas, vamos cumprir todos os ritos necessários para que não cause nenhum estrago na natureza”, prosseguiu.
O presidente mencionou também que para a construção da transição é necessário dinheiro. E que, se o governo souber que há uma riqueza para ser explorada, não faria sentido não explorar. A declaração foi dada durante uma entrevista a uma rádio do Amapá.
Margem Equatorial
A exploração de petróleo ao norte, na costa brasileira, figura entre os principais planos da Petrobras. No planejamento estratégico, a companhia prevê investimento de US$ 3,1 bilhões para a perfuração de 16 poços na Margem Equatorial – área que se estende pela costa do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte — no período de 2024 a 2028.
Um dos focos é na região da Foz do Amazonas, onde a estatal possui projeto para perfuração de poço a cerca de 170 km da costa do Amapá e a 2.880 metros de profundidade.