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Lula critica o empresário Jorge Paulo Lemann e chama o rombo nas Lojas Americanas de “motociata fiscal”

Segundo Lula, Lemann “era vendido como suprassumo do empresário bem-sucedido”. (Foto: Reprodução de TV)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o empresário Jorge Paulo Lemann, um dos maiores acionistas das Lojas Americanas, e chamou o rombo no grupo de “motociata fiscal”.

Segundo Lula, Lemann “era vendido como suprassumo do empresário bem-sucedido”, mas agora “pode sofrer as mesmas consequências de Eike Batista”, referindo-se à possibilidade de fraude fiscal envolvendo a empresa varejista.

“É o que aconteceu com o Eike Batista. Ou seja, as pessoas vendem uma ideia que elas não são, na verdade. E o que eu fico chateado é o seguinte: qualquer palavra que você fale na área social, qualquer palavra, o mercado fica nervoso, o mercado fica muito irritado. E, agora, um deles joga fora R$ 40 bilhões de uma empresa que parecia ser a empresa mais saudável do planeta e esse mercado não fala nada, ele fica em silêncio”, declarou Lula em entrevista à Rede TV!, retransmitida pela TV Pampa, na noite de quinta-feira (02).

O presidente comparou ainda o rombo nas Lojas Americanas a uma “motociata fiscal”, uma versão do termo “pedalada fiscal”. “Não é nem pedalada, é motociata. Ele era o cara que financiava jovens para estudar em Harvard para formar um novo governo, ele era o cara que falava contra a corrupção todos os dias. E, depois, ele comete uma fraude que pode chegar a R$ 40 bilhões”, disse o petista.

Em 11 de janeiro, veio a público o primeiro comunicado informando que foram detectados erros contábeis que se desdobravam em um rombo não computado de ao menos R$ 20 bilhões no balanço da empresa. Pouco mais de uma semana depois do estouro do escândalo, as Lojas Americanas entraram com um pedido de recuperação judicial declarando dívidas que não têm capacidade de pagar, da ordem de R$ 40 bilhões. Esse é o quarto maior processo de recuperação judicial já registrado no Brasil.

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