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Lula dá ao Pará R$ 1,3 bilhões cotados para socorrer o RS

O presidente Lula (PT) tratou de mandar logo ao governo aliado do Pará R$ 1,3 bilhão do lucro de R$3 bilhões de Itaipu Binacional, citados por deputados ligados a Arthur Lira, na Câmara, como uma das opções mais factíveis de socorro às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Para os gaúchos, vítimas da tragédia em curso, Lula anunciou R$ 534 milhões, menos da metade do dinheiro ao Pará a pretexto de organizar a COP30, conferência do clima a ser realizada somente daqui a 18 meses.

Ideia descartada

A ideia do dinheiro de Itaipu para o governo gaúcho foi de Danilo Forte (União-CE), deputado que relatou a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Sem previsão

Forte é ligado a Lira e revelou que não há no orçamento, por veto do governo, dinheiro para eventuais desastres climáticos, como no RS.

Orçamento de guerra

Outra proposta que repercutiu bem no Congresso é a criação de um “orçamento de guerra” para situações emergenciais, imprevistas.

Uso mais decente

Nada encantou mais nas redes sociais que a ideia de destinar às vítimas gaúchas ao menos metade dos mais de R$5 bilhões do fundão eleitoral.

Luciano Hang lidera ‘força aérea civil’ no RS

O catarinense Luciano Hang, da Havan, mobilizou seus helicópteros no socorro às vítimas tão logo percebeu a gravidade da situação no Rio Grande do Sul. A iniciativa se multiplicou, e diversos outros empresários se uniram a ele naquilo que o vice-governador Gabriel Souza chama de “força aérea civil”. Suas aeronaves e pilotos têm trabalho das 7h às 19h, inclusive em operações noturnas de transporte de pessoas e materiais, que aeronaves militares, de tecnologia atrasada, não podem realizar.

Pistas improvisadas

O gesto viralizou. A “força aérea civil” já conta com diversas aeronaves, até mesmo agrícolas, que usam inclusive estradas como pista de pouso

Frota solidária

Decolaram de um aeródromo privado de Itapema (SC) em um único dia, 16 aeronaves carregadas de água, remédios, alimentos e voluntários.

A força do exemplo

“A palavra convence, mas o gesto arrasta”, diz Hang, orgulhoso dos amigos empresários que se uniram para ajudar as vítimas gaúchas.

Dinheiro escafedeu

A oposição vigia de perto mandos e desmandos do governo, no melhor estilo dos “gabinetes sombra” do parlamentarismo. O relatório nº 48, de ontem, denuncia aumento de 66% nas “despesas” de Itaipu Binacional em 2023, saltando de R$1 bilhão para R$1 bi e 680 milhões em 2023.

CPI da Secom

Ao denunciar o escândalo a contratação pela Secom de agências de propaganda ligadas a petistas, a senadora Damares Alves (Rep-DF) disse que seu objetivo é transformar o caso em CPI.

Burocrata em catatonia

Simone Tebet (Planejamento) disse que o momento para dinheiro federal ajudar gaúchos “não é agora” pois o governo não recebeu demandas dos prefeitos, que “não sabem o que pedir porque a água não baixou”.

Trabalhar fez bem

Aos 10 anos, o paulistano Cristiano Teixeira vendia bananas em feira e aos 13 era office-boy. Trabalhou, estudou, ralou, até brincou. Evoluiu. Aos 50, preside a Klabin, empresa global de papel e celulose. Escapou da babaquice que impede crianças pobres de transformarem suas vidas.

Cadê os senadores?

Fortemente criticados pela omissão na busca de soluções, os três senadores do Rio Grande do Sul trataram ontem de fazer declarações candentes. Paulo Paim (PT) lembrou das criancinhas chorando etc., mas depois foi tratar de “trabalho escravo no ambiente doméstico”.

Como o Katrina

Gaúchos residentes em New Orleans, nos EUA, andam preocupados com os primeiros saques no Rio Grande do Sul. Eles viram esse filme após a destruição bem parecida do furacão Katrina em New Orleans.

Volta dos caciques

Deltan Dallagnol critica o arrocho da Justiça Eleitoral nas chamadas big techs, que chegou ao ponto de inviabilizar o impulsionamento de conteúdo político. “O caciquismo imperará”, avalia o ex-deputado.

Estável

O quadro de saúde do ex-presidente Bolsonaro é estável e a recomendação médica é continuar o tratamento antibiótico intravenoso, mas em São Paulo, perto da família.

Pensando bem…

…tem gente tão ruim de cumprir promessa que não honra compromisso nem usando dinheiro alheio.

PODER SEM PUDOR

No lugar errado

Senador do MDB catarinense, Evilásio Vieira resolveu fazer solitário comício numa pequena cidade de colonização alemã, onde não conhecia ninguém. Após o seu discurso, de crítica à ditadura, um velhinho, o padre local, pediu a palavra. Ele adorou. Mas o padre não estava ali para apoiar sua ladainha: “Tudo isso serr mentirra. Goverrno fazerrr Mobrral, Trransamazónico, oposiçon non fazerr nada. Só falarr. Todos deverr irr dorrmirr.” A pequena multidão, obediente, foi embora. Evilásio também.

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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