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Política Lula dá comando no Exército ao general Richard Nunes

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O general é citado no relatório da Polícia Federal sobre a morte da vereadora Marielle Franco.

Foto: Divulgação
O general é citado no relatório da Polícia Federal sobre a morte da vereadora Marielle Franco. (Foto: Divulgação)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou na quinta-feira (28) o general Richard Fernandez Nunes para o cargo de chefe do Estado Maior do Exército. Nunes vai substituir Fernando José Sant’ana Soares e Silva no posto.

O Estado-Maior do Exército é a organização responsável por, entre outras atribuições, “estudar, planejar, orientar, coordenar, controlar e avaliar as atividades relativas à atuação do Comando do Exército, segundo as decisões e diretrizes do Comandante do Exército”.

O general é citado no relatório da Polícia Federal (PF) que embasou, no último domingo (24), a prisão de três supostos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco em 2018, no Rio de Janeiro.

Entre os presos estava Rivaldo Barbosa, que havia sido indicado na véspera do crime para chefiar a Polícia Civil do Rio. Conforme o relatório da PF, ele ajudou a articular a execução de Marielle e garantiu aos criminosos que as investigações não desvendariam o caso.

No documento da Polícia Federal, Richard Fernandez Nunes é citado como a pessoa que bancou a nomeação de Rivaldo Barbosa para essa chefia, mesmo quando o setor de inteligência da Polícia Civil do Rio disse não recomendar Barbosa para o posto.

A nomeação de Richard Nunes para o Estado Maior do Exército, nesta semana faz parte de uma mudança rotineira que ocorre todos os anos nas Forças Armadas. Nessa rotação, militares do Exército, Marinha e Força Aérea são promovidos ou assumem cargos de chefia.

A escolha do chefe do Estado Maior é prerrogativa do comandante, dentre os generais de quatro estrelas. O escolhido é aquele considerado mais preparado para as funções que o cargo exige.

Até o último fim de semana, o nome de Rivaldo Barbosa nunca tinha sido citado como suspeito de envolvimento com as tratativas para assassinar Marielle Franco.

A revelação de que o delegado era um suposto mandante pegou de surpresa inclusive familiares da vereadora assassinada e aliados como o deputado federal Marcelo Freixo (PT-RJ) – que acompanharam de perto as investigações nos últimos seis anos.

O relatório da Polícia Federal, ao citar Richard Nunes, não dá qualquer indicação de que ele sabia de um possível envolvimento criminoso de Rivaldo Barbosa – ou de que tenha qualquer relação com a morte de Marielle ou outros crimes.

O general é citado, no entanto, como o responsável pela indicação de Barbosa ao cargo.

Naquele momento, em março de 2018, Nunes era o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro nomeado durante a intervenção federal decretada pelo então presidente Michel Temer. Com a intervenção, a segurança pública do estado era comandada por outro general do Exército, Walter Braga Netto, que viria a ser ministro e candidato a vice-presidente na gestão Jair Bolsonaro.

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https://www.osul.com.br/lula-da-comando-no-exercito-ao-general-richard-nunes/ Lula dá comando no Exército ao general Richard Nunes 2024-03-29
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