Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de novembro de 2023
Entre as cotadas para o lugar de Flávio Dino, aparecem a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet.
Foto: José Cruz/Agência BrasilO presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dito a ministros do seu governo que pode indicar uma mulher para o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública, caso o nome do atual chefe da pasta, Flávio Dino, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) seja aprovado pelo Senado.
A indicação de Dino foi formalizada nessa segunda-feira (27). No mesmo dia, em conversa com os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação), o presidente externou que está com “vontade” de escolher uma mulher.
Essa intenção foi interpretada dentro do governo como medida compensatória pela não indicação de outra mulher para o lugar de Rosa Weber, que deixou a Suprema Corte em setembro.
Entre as cotadas para o lugar de Flávio Dino, aparecem a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet. Como chefe do setor que lida com o orçamento do governo, Tebet afirma que há recursos suficientes para bancar essa divisão. A ministra negou, no entanto, ter sido sondada pelo presidente Lula para assumir o posto.
“Não vamos esquecer que o Ministério da Justiça ainda tem titular. O ministro Flávio Dino foi indicado para ir para o Supremo Tribunal Federal, mas ainda continua como ministro esse mês. Neste momento não é hora de falar de ocupação de novos cargos, nem de nomeação, porque não há vacância do ministério. Não fui sondada, não fui convidada, estou no Ministério do Planejamento e Orçamento à convite do presidente Lula, como ele disse, da cota pessoal dele”, disse, em conversa com jornalistas, após participar do seminário Orçamento por Desempenho 2.0, da Secretaria de Orçamento Federal (SOF).
Indagada, Tebet não antecipou se aceitaria o cargo.
“Ninguém antecipa decisão (…) Vamos lembrar que indicação de nomes de ministros é um ato personalíssimo do presidente da República. Ele é que tem que analisar dentro desse tabuleiro de xadrez, chamado de política, quais são as melhores peças a serem movidas. Estou muito tranquila de dizer que o presidente Lula tomará a decisão mais acertada”, declarou a ministra.
Apesar da pressão de aliados, entre eles integrantes do Partido dos Trabalhadores, o governo não está decidido a desmembrar a pasta em duas, uma de Justiça e outra Segurança Pública. Lula tem sido aconselhado a não mexer porque uma pasta somente para cuidar das polícias poderia resultar em pressão corporativa em cima do governo.