Na última parada de sua visita à Europa, o ex-presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva deu uma palestra ao partido de esquerda Podemos, da Espanha, neste sábado (20). Ele agradeceu a ajuda que tem recebido da esquerda europeia e falou de sua possível candidatura à presidência do Brasil.
“Foi uma coisa tão nobre que me fez voltar a querer ser candidato a presidente outra vez. Porque eu vou decidir mais ou menos entre fevereiro ou março, porque tem muita conversa para fazer ainda. Mas, veja, eu estou convencido, eu estou convencido que é possível recuperar o Brasil”, afirmou Lula.
Nos últimos dias, o ex-presidente brasileiro foi recebido pelo presidente da França, Emmanuel Macron, pelo primeiro-ministro da França, Pedro Sánchez, e pelo futuro chanceler da Alemanha, Olaf Sholz.
Lula se reuniu com o premiê espanhol na sexta-feira (19). Sánchez publicou fotos do encontro em uma rede social e escreveu que “Espanha e Brasil compartilham fortes laços estruturais e permanentes em diferentes áreas”.
“Hoje, encontrei-me com seu ex-presidente, Lula, para tratar de vários assuntos de interesse comum, como a situação da pandemia, as mudanças climáticas ou a recuperação econômica”, disse o primeiro-ministro.
Dois dias antes, na quarta-feira (17), Lula foi recebido pelo presidente francês no Palácio do Eliseu, em Paris. Na ocasião, Macron disse que conversou com Lula sobre como “o Brasil se apartou do sistema multilateral e de grandes acordos internacionais”.
Ainda na França, Lula recebeu um prêmio de uma revista especializada em política internacional
Parlamento
O ex-presidente brasileiro também passou por Bélgica e Alemanha, onde se encontrou com o futuro chanceler e atual e ministro das Finanças do país, Olaf Scholz.
Na Bélgica, Lula discursou no Parlamento Europeu em Bruxelas, durante uma conferência sobre a América Latina promovida por congressistas do bloco social democrata, de centro-esquerda.
O ex-presidente brasileiro afirmou que a preservação do meio ambiente, um dos temas mais debatidos pela comunidade internacional atualmente, passa pela redução da desigualdade econômica.
“A luta pela preservação do meio ambiente para mim é indissociável da luta contra a pobreza e por um mundo menos desigual e mais justo”, disse.
Lula também afirmou que as forças políticas progressistas de todo o mundo devem se unir para derrotar a extrema direita. “O mundo precisa de democracia, de paz e não de guerra, precisa de livros e não de armas”.