O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nessa sexta-feira (14) que o mundo vive a “era da mentira” e citou a turbulência causada pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – ainda que sem citá-lo diretamente. O petista deu as declarações em solenidade para anúncio de novos investimentos da Vale em Parauapebas (PA).
“A gente tem que derrotar a era da mentira. Vivemos a era da mentira, em que o importante é contar mentira. O importante é mentir. O canalha se tranca dentro do quarto, pega o telefone celular e fica inventando mentira, contando mentira, fazendo provocação, provocando os outros. Vamos ver o que está acontecendo nos Estados Unidos agora”, declarou o presidente da República.
“Nós vamos derrotar a mentira, porque 2025 vai ser o ano da verdade nesse País. Eu quero provar que nós somos melhores que os outros para governar”, disse Lula.
Taxação de produtos brasileiros
Na gestão petista, tenha havido uma espécie de divisão de tarefas nas declarações do governo federal sobre as ameaças feitas por Trump, principalmente em relação à taxação de produtos brasileiros. Alguns dos principais ministros têm tentado colocar água na fervura enquanto o presidente Lula vem falando abertamente em impor tarifas a importações de produtos americanos e de recorrer à Organização Mundial do Comércio.
Na noite de segunda-feira, 10, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ordem executiva para impor tarifas de 25% às importações americanas de aço e alumínio.
Novas políticas de crédito
Na mesma solenidade no Pará, Lula prometeu anunciar três novas políticas de crédito. “Crescemos 3,7%, e neste ano o Brasil vai crescer mais. Porque tem uma coisa acontecendo nesse País. Temos o menor nível de desemprego da história do País, temos crescimento da massa salarial, e temos uma quantidade de crédito que nunca teve nesse País. E nós vamos anunciar mais três políticas de crédito”, declarou Lula.
O petista também voltou a dizer que é necessário distribuir renda para que a população faça a economia girar comprando comida e outros produtos. “Dinheiro bom não é o dinheiro que vai para a mão do rico, que ele compra dólar e fica explorando. Dinheiro bom é na mão do povo”, disse o petista. (Estadão Conteúdo)