Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de setembro de 2015
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (11), em Buenos Aires (Argentina), que não recebeu a requisição da PF (Polícia Federal) para ouvi-lo em inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) a respeito dos desvios na Petrobras, investigados pela Operação Lava-Jato. “Eu não sei como comunicaram a você e não me comunicaram. É uma pena”, alegou.
A assessoria do Instituto Lula afirmou que o pedido é “de um delegado da PF” e não da corporação, e disse ainda que o ex-presidente não teve acesso ao texto com a requisição. O petista participou na sexta-feira da agenda de campanha do candidato da presidenta argentina Cristina Kirchner à sua sucessão, Daniel Scioli, e retornaria ao Brasil no mesmo dia.
Por não ocupar cargo público no momento, Lula não tem mais a prerrogativa de foro privilegiado. Assim, a solicitação poderia ter sido feita ao juiz federal Sérgio Moro, que coordena os processos da Lava-Jato na primeira instância, e não ao STF, conforme fez a PF.
A corporação ainda quer ouvir outros petistas: Rui Falcão, presidente da sigla; José Eduardo Dutra e José Gabrielli, ex-presidentes da Petrobras; José Filippi Júnior, ex-tesoureiro das campanhas de Lula e da presidenta Dilma Rousseff; e os ex-ministros Ideli Salvatti, Gilberto Carvalho e José Dirceu.