Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2025
Conduzido à presidência do BC por indicação de Lula, Galípolo assumiu o cargo em janeiro deste ano.
Foto: ReproduçãoO presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nessa quarta-feira (12) que o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, vai “consertar” a alta na taxa de juros no Brasil, mas que é preciso tempo. Em sua última reunião, em janeiro, o BC decidiu aumentar a Selic, taxa básica de juros, para 13,25% ao ano.
“Nós temos que ir ajustando as coisas, eu tenho certeza que o Galípolo vai consertar a taxa de juros nesse país, e nós só temos que dar a ele o tempo necessário para fazer as coisas”, afirmou o presidente em entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá (AP).
“Eu confio muito, possivelmente o Galípolo será o melhor presidente que o BC teve na História”, prosseguiu.
Conduzido à presidência do BC por indicação de Lula, Galípolo assumiu o cargo em janeiro deste ano. Em sua estreia no comando do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC elevou a Taxa Selic em um ponto percentual, para 13,25% ao ano.
A autoridade monetária ainda confirmou a sinalização de que pretende elevar a taxa em mais um ponto percentual em março, na próxima reunião, quando a taxa chegaria a 14,25% ao ano.
O petista voltou a criticar o ex-presidente do BC Roberto Campos Neto, declarando que ele teve um comportamento “antiBrasil” enquanto esteve no comando do Banco.
“Ele era um cara que falava mal do Brasil o tempo inteiro, passava discreto para os empresários inclusive no exterior, ele foi se comprometendo e aumentou cada vez mais a taxa de juros”, afirmou.
O presidente afirmou que o aumento do custo de vida é a questão que “mais preocupa” o governo atualmente.
“É a coisa que mais preocupa, é a questão do aumento do custo de vida. Vivi dentro de fábrica por sete anos, com inflação de 80% ao mês, recebia meu pagamento, tinha que correr no atacadista para comprar coisa até que não precisava para que meu salário não fosse desvalorizado (..) tenho uma preocupação extraordinária (com inflação)”, disse Lula em entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá.
Lula ainda disse que o mercado de trabalho brasileiro enfrenta um problema atualmente em que jovens não estão mais dispostos a se “submeter” às regras de uma carteira de trabalho assinada. Segundo o presidente, a juventude quer empreender, e o governo precisa dar oportunidades para que isso aconteça.
Segundo Lula, benefícios concedidos pelo governo não são barreiras para a entrada de pessoas no mercado de trabalho, ao contrário do que empresários vem alegando, de acordo com o presidente. As informações são do portal de notícias O Globo.