Ao anunciar ontem (27) o Plano Safra, que inicia em julho e vai até junho de 2024, o presidente Lula destacou que o valor, cerca de 364 bilhões de reais à atividade agropecuária, é 6,8% superior aos recursos liberados na ultima safra pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Só que não.
Farsul vê Plano jogando o produtor no colo dos banqueiros
A Farsul, Federação da Agricultura do RS, em análise detalhada do Plano Safra, denuncia que existe um baixíssimo volume de recursos subvencionados, que são de apenas 19% (R$ 52,55 bilhões) na área de custeio e comercialização. Os demais R$ 219,57 bilhões, ou 81% do total, não recebem nenhum recurso público, são recursos livres ou controlados não subvencionados. Apenas 53% dos recursos para investimentos são subvencionados. Com isso, avalia a Farsul, a participação do governo no Plano Agrícola e Pecuário é bastante modesta e cada vez menor no montante de recursos ofertados, cabendo ao mercado financeiro, integrado por cooperativas de crédito e entidades bancárias, suportar a demanda por recursos sem qualquer tipo de equalização. Em suma: os valores são dos bancos privados, que aplicarão a taxa que bem entenderem. Exatamente como desejam os grandes concorrentes do agro brasileiro, França, Estados Unidos e Alemanha, dentre outros, todos eles altamente subsidiados pelos seus governos.
Gedeão Pereira identifica falta de recursos para o Seguro Rural
O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, comentou todo o contexto do Plano Safra 2023-2924 lançado nesta terça-feira:
“Foi um ato político importante pelo fato de estar colocada e reconhecida a importância e o tamanho da agricultura brasileira para o nosso país. Agora os números não nos parecem relevantes. Também nos preocupa que não vemos nenhum anúncio de recursos para Seguro Rural, que nos parece muito importante, principalmente no estado do Rio Grande do Sul, onde temos tido esses problemas recentes.”
Deputados gaúchos defendem independência do Banco Central e contrariam discurso da esquerda e do PT
Deputados de diferentes bancadas da Assembleia do Rio Grande do Sul assinaram ontem (27) um manifesto em defesa da autonomia do Banco Central, em contraponto ao discurso grotesco e retrógrado de integrantes do PT e dos partidos de esquerda, em defesa da intervenção política no Banco Central para a redução da taxa de juros. O documento, assinado pelos deputados Felipe Camozzato (NOVO), Cláudio Branchieri (Podemos), Valdir Bonatto (PSDB), Guilherme Pasin (PP), Rodrigo Lorenzoni (PL) e Capitão Martim (Republicanos) ressalta que “o caminho para a redução é o ajuste fiscal.”
Os deputados afirmam no documento que “a elevada taxa de juros no país é uma realidade, mas não é a causa e sim a consequência de problemas estruturais. É essencial adotar um controle efetivo das contas públicas, reconhecendo que quando se gasta mais do que se arrecada o resultado é a elevação da dívida pública. Isso resulta em mais inflação e aumento da taxa de juros, o que reduz o potencial de crescimento da economia brasileira”.
MDB alinhado com Lula receberá mais cargos federais no RS
Não ficará apenas no cargo da diretoria do Trensurb o premio do presidente Lula aos emedebistas gaúchos alinhados com o seu governo. O próximo passo será a ocupação de espaços pelo MDB, no cobiçado Grupo Hospitalar Conceição.
Após queixa sobre tamanho do banheiro e do quarto do avião, agora Lula reclama da comida
Após anunciar a necessidade da compra de um novo avião presidencial, com banheiro e quarto maiores, o presidente Lula da Silva, reconhecidamente um homem do povo, queixou-se ontem (27) da qualidade das refeições que lhe são servidas tanto nos banquetes do Palácio da Alvorada, quanto nas viagens. No Alvorada, o último banquete, oferecido ao presidente Argentino Alberto Fernández, foi preparado pela vencedora do programa Masterchef Elisa Fernandes. Lula queixou-se que no Brasil, não pode sair para comer em algum restaurante:
“Não tenho liberdade de ir a um restaurante, escolher o que vou comer. A vida é comer em hotel ou onde sou convidado.”
Jair Bolsonaro não tinha problema com restaurantes populares
O antecessor de Lula, Jair Bolsonaro, não tinha esse tipo de problema. Considerava que o banheiro e o quarto do avião presidencial possuem tamanhos adequados. E fazia nas viagens, para desespero da sua segurança, paradas de inopino, quando entrava de surpresa em restaurantes para almoçar um PF (prato feito) ou comer um pastel, sendo saudado pelo público. Bolsonaro fazia essas incursões imprevistas mesmo, segundo as pesquisas e a imprensa “isenta”, sendo ele um presidente “impopular, genocida, homofóbico, etc, etc…”