O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã dessa quinta-feira (30) que quem quiser derrotar seu governo precisará ir para a rua. “Digo sempre que quem quiser derrotar o meu governo tem que aprender a fazer luta de rua […] esse é meu tipo de governar e fazer com que as coisas deem certo no Brasil”, afirmou.
“É mais fácil ficar na internet mentindo, mas é muito difícil ter coragem de ir para a rua e discutir com povo as coisas que estão acontecendo no país”, seguiu. Ele disse que quer derrotar “definitivamente a mentira” no País.
“Eu quero me colocar mais à disposição de vocês para que a gente possa derrotar definitivamente a mentira neste país. Não é possível o que está acontecendo no mundo com a democracia. A democracia, na verdade, será a grande derrotada se a gente permitir o crescimento da extrema-direita no mundo inteiro, como está acontecendo, se a gente permitir a vitória das fake news, como está acontecendo, e se a gente permitir a mentira vitoriosa”, afirmou.
Lula concedeu entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto. A conversa acontece em meio à mudança na Secom (Secretaria de Comunicação Social), com a chegada do publicitário Sidônio Palmeira, que já alertou aliados que pretende dar mais visibilidade ao presidente.
A avaliação do presidente apresentou queda em pesquisas recentes, ligando alerta no Palácio do Planalto. Levantamento da Quaest mostrou que pela primeira vez no terceiro mandato a avaliação negativa do governo Lula superou a positiva.
A pesquisa mostrou que 37% avaliam negativamente o governo, um crescimento de seis pontos em relação à última sondagem, em um intervalo de um mês e meio.
A gestão é considerada positiva por 31% dos entrevistados e avaliada como regular por 28%. Outros 4% não souberam ou não quiseram responder.
O governo colocou o preço dos alimentos como a principal prioridade neste início de ano, com o próprio Lula cobrando seus ministros durante reunião ministerial. As ações, no entanto, já começaram com ruídos após fala do ministro Rui Costa (Casa Civil) dizendo que o governo faria “intervenções” no preço, sugerindo medidas mais heterodoxas. O ministro depois recuou da fala.
Além disso, o governo deve enfrentar mais pressão com a possibilidade de um reajuste no preço do diesel, que pode impactar no preço do frete e dos produtos, além de dar margem para insatisfação de caminhoneiros, categoria com setores ligados ao bolsonarismo.
Por outro lado, o próprio Lula já declarou publicamente que “2026 já começou”, em referência às eleições presidenciais. No entanto, o mandatário colocou em dúvida durante reunião ministerial que será candidato à reeleição. (Folhapress)