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Política Lula diz que “respeita” a eleição de Trump e espera a mesma “convivência civilizada” que teve com Bush, Obama e Biden

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Há rumores de que o MDB e o PSD poderiam ser chamados a compor a chapa presidencial. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que deseja uma convivência “civilizada” com o presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump. O republicano venceu as eleições contra a atual vice-presidente Kamala Harris, após garantir votos suficientes para um novo mandato.

“Eu não conheço pessoalmente o Trump. Eu conheço o Trump de ouvir dizer, de ver matéria dele, de ver ele na televisão. Mas eu espero que a convivência seja convivência civilizada que já tive com o Bush, quer era do Partido Republicano, que eu já tive com o Obama, que eu já tive com o Biden. Essa é a relação que eu quero estabelecer”, declarou, em entrevista à Rede TV. “Uma relação entre dois chefes de Estado, cada um representa o seu país, cada um tem interesses próprios nacionais”, prosseguiu.

Mais cedo, Lula já havia parabenizado Trump, pelas redes sociais, informando que a “democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada”.

Antes das eleições, o petista já havia declarado apoio à candidatura de Kamala Harris que, segundo ele, era uma opção melhor para o sistema democrático norte-americano.

Nessa quarta, Lula reiterou que respeita as eleições e o resultado anunciado.

“Ele foi eleito presidente dos Estados Unidos. Portanto, eu respeito o fato dele ter sido eleito pelo povo americano”, disse. “Eu espero que a relação com o Brasil seja uma relação civilizada. Quando a gente tiver assunto para conversar, se conversa por telefone, se marca. Eu espero que seja essa relação”, detalhou.

Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nessa quarta-feira (6) que o dia “amanheceu mais tenso” com a vitória de Trump na corrida pela Presidência dos Estados Unidos, mas ele ponderou que há uma distância entre discursos de campanha e o que efetivamente será feito na economia.

“Na campanha foram ditas muitas coisas que causam a apreensão não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Causam apreensão nos mercados emergentes, causam apreensão nos países endividados, na Europa. Então, o dia amanheceu, no mundo, mais tenso em função do que foi dito na campanha”, argumentou.

“Mas entre o que foi dito, e o que vai ser feito – pois isso já aconteceu no passado – as coisas às vezes não se traduzem da maneira como foram anunciadas, e o discursos pós-vitória oficiosa, não é oficial ainda, mas após os primeiros resultados, já é um discurso mais moderado do que o da campanha”, emendou o ministro.

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