Por Redação O Sul | 17 de abril de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou novas diretrizes para a educação durante evento do qual participou na fábrica da Nissan, em Resende (RJ). Já vislumbrando uma possível reeleição, ele estabeleceu metas para o ano de 2030 – quando encerraria um eventual quarto mandato –, como alfabetização completa de crianças até o segundo ano escolar e a construção de escolas de tempo integral.
“Nós tomamos uma decisão de que até 2030, todas as crianças brasileiras estarão alfabetizadas até o segundo ano. Porque, se a criança não se alfabetizar até o segundo ano de escolaridade, ela vai ser atrasada muito tempo na escola. A segunda decisão é que vamos fazer o máximo que a gente puder de escolas em tempo integral, não só para as crianças aprenderam mais, mas sobretudo para dar tranquilidade aos pais e as mães que vão trabalhar e os filhos ficam sozinhos na rua sem ninguém para tomar conta”, disse Lula, que completou exaltando suas ações para o ensino médio, em específico, o programa Pé-de-Meia.
“A terceira coisa que vamos fazer é cuidar do ensino médio. Nós descobrimos ano passado que 480 mil pessoas do ensino médio desistiam da escola pra ajudar no orçamento familiar. Ou seja, meio milhão de meninas e meninos que estavam estudando no ensino médio paravam de estudar e iam para casa fazer bico pra ajudar pai e mãe. E aí eu e o Camilo [Santana], que é ministro da educação, ficamos pensando no que fazer com um país que tem 500 mil pessoas desistindo da escola pra ajudar no orçamento familiar. Nós vamos ter que cuidar”, afirmou.
Os anúncios do presidente ocorreram durante o lançamento de um novo veículo pela Nissan, em cuja fábrica ele conheceu a operadora de produção Taís dos Santos e usou a história de vida da jovem como exemplo para exaltar os resultados dos investimentos em educação.
Moradora da região de Resende, Tais contou ser filha de mãe solteira e de família humilde. Antes de trabalhar na fábrica, ela atuou em redes de fast food e também como autônoma. Por meio de programas sociais, conseguiu fazer cursos das áreas de mecânica e eletricidade no Senai e foi contratada para trabalhar na montadora.
A história comoveu o presidente, que também se formou pelo Senai, mas como torneio mecânico, antes de entrar para a vida política. Em seu discurso, ele chamou a jovem para ficar ao seu lado para ressaltar os avanços educacionais no País.
“O Brasil lamentavelmente durante muitos anos não tratou a educação com menor respeito (…) Alguma coisa aconteceu nesse País, porque pessoas como a Tais começam a adquirir consciência, começam a saber que elas têm direitos, que pode conquistar coisas”, afirmou Lula, que classificou os investimentos na educação como viabilizadores de avanços sociais e econômicos das famílias, que cada vez mais dependeriam menos de programas sociais, como o Bolsa Família.
“Eu voltei à Presidência da República para provar que esse país não pode ser eternamente pobre, eternamente vivendo de Bolsa Família. Não, nós precisamos fazer as pessoas se formarem adequadamente, aprenderem uma profissão, para as pessoas poderem constituir família, terem prosperidade, e viverem bem, num padrão de classe média”. As informações são do jornal O Dia.
