Terça-feira, 11 de março de 2025
Por Redação O Sul | 10 de março de 2025
A nova investida do grupo de Gleisi Hoffmann no PT contra o nome ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva para a presidência do partido não surtiu o efeito esperado.
Lula sinalizou a integrantes da legenda que vai dobrar a aposta no apoio a Edinho e que a chance de mudar de ideia é nula. O ex-prefeito também mostrou a aliados que está convicto sobre o suporte do presidente ao seu nome.
O clima no PT pegou fogo após o vazamento de uma reunião realizada entre integrantes da sigla na casa da recém-empossada ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, na quinta-feira passada (6), como informou o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. A agenda teve a participação do próprio Lula.
O que mais irritou o grupo de Edinho foi o fato de a reunião, que teria sido levada a Lula como um encontro para pacificar o partido, ter sido vazada como um movimento contra a candidatura do ex-prefeito ao comando do PT. Aliados de Lula afirmam que ele também se irritou com a maneira como o encontro se tornou público.
Mesmo em meio à crise interna e à artilharia contra seu nome, Edinho Silva foi a Brasília para participar da cerimônia de posse de Gleisi como ministra e de Alexandre Padilha como chefe da pasta da Saúde.
Edinho criticou em publicação no Instagram o uso da imagem do presidente Lula como arma de disputa interna da sigla. Citou o vazamento de reunião fechada com Lula e uma corrente petista, a CNB (Construindo um Novo Brasil), na qual o chefe do Executivo teria sido alertado sobre resistência ao nome de Edinho. “O presidente Lula vai para uma reunião para que a gente possa construir unidade. E ela é vazada para a imprensa como instrumento de luta interna. Nós não podemos aceitar. Eu estou muito indignado com o que aconteceu, da forma como aconteceu”, disse.
Segundo Edinho, o encontro era para unificar o partido, sendo vazado por quem usa Lula para seus projetos pessoais dentro do PT, em detrimento dos projetos coletivos da sigla. “Vimos na última 5ª feira, certamente, um dos maiores gestos que o presidente Lula fez para manter a unidade do nosso partido. Ele foi numa reunião de uma parte, de um grupo, de uma das nossas correntes. Nós não podemos aceitar, 1º, que o presidente Lula seja usado de outra forma como ele foi usado em decorrência dessa reunião”, declarou.