Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Leandro Mazzini | 9 de março de 2021
A decisão monocrática do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, de conceder habeas corpus e anular a condenação do ex-presidente Lula da Silva, não livra o líder petista de vez da Justiça. Lula ganhará tempo no Judiciário e, pelos conhecidos trâmites, há chance de se candidatar a presidente da República no ano que vem.
Houve anulação dos atos processuais de quatro ações, mas não das provas obtidas pela Operação Lava-Jato. Agora, a decisão de acolher ou não as provas estará com a Justiça Federal do Distrito Federal.
Se os processos forem retomados, há dois cenários para Lula: corre o risco de ser condenado novamente, e em primeira e ou segunda instância; ou de ter a confirmação da inocência. Até saírem as sentenças, o País ferverá no caldeirão político.
Ofuscado
Sérgio Moro fica ofuscado com a decisão de Fachin – a Procuradoria-Geral da República vai recorrer e o plenário do STF ainda julgará o pedido de habeas corpus, mas dificilmente mudará a decisão do ministro.
Novo Moro?
Caso a Justiça do Distrito Federal acolha as denúncias do MPF e as provas da Lava-Jato, tudo recomeça e pode surgir um “novo Sérgio Moro” em Brasília, independentemente dos rumos do processo.
Escolta reforçada
Os quatro agentes da Polícia Federal que escoltam Lula, por lei, receberam alerta de redobrar a atenção com a sua segurança nas ruas. O Instituto Lula pode pagar por ainda mais escolta.
Script pronto
No mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro fala em “Meu Exército”, Ciro Gomes (PDT) volta a atacar o PT e o STF inocenta Lula e o joga na corrida eleitoral. A ex-presidente criticou Ciro em nome do PT e do padrinho político: “É vergonhoso e lamentável. Ciro parece querer ser uma variante de Bolsonaro e, para isso, ataca a mim, a Lula e ao PT. O discurso de ódio é igual”.
Lobby da dose
Os lobistas de laboratórios que intermediam as vendas das vacinas junto ao Ministério da Saúde estão recebendo comissão de US$ 0,50 ( perto de R$ 2,75 ) por cada pacote de dupla dose negociada. A dupla dose tem saído a US$ 8,75.
Festinha em casa
A despeito dos decretos de prefeituras e governos sobre lockdown, toque de recolher em horários programados ou restrição de atividades, moradores que não levam a sério o combate ao Covid estão driblando as decisões políticas com estatutos defasados dos condomínios onde moram – os quais não acompanham, em muitos casos, atualização de normas e leis municipais. Virou um problema nacional e embate jurídico.
Andar de cima
Sabem o edifício residencial onde a PM encerrou festinha na cobertura com aglomeração no bairro Flamengo, no Rio de Janeiro, como citamos? É o mesmo que foi assaltado em 1999. Ladrões levaram joias valiosas dos moradores.
Escuridão
O prefeito da pequenina Guarani D’Oeste (SP) decretou o desligamento das luzes dos postes da cidade “para evitar aglomerações” no combate à Covid. Mas quem mais ficou irritado, a 800 km da cidade, foi o presidente do PTB, Roberto Jefferson, partido do alcaide. O diretório nacional anunciou que não compactua com a decisão.
Vozes às médicas
A Associação Médica Brasileira criou uma plataforma exclusiva e permanente para registro de violência sofrida por profissionais da Medicina. Será em um link do portal da amb.org.br, no qual poderão denunciar assédio sexual, importunação, racismo, violência física ou psicológica, além de outros crimes.
ESPLANADEIRA
O vice-presidente do Conselho Federal da OAB, Luiz Viana, escreveu artigo e discursou em eventos em homenagem às mulheres, um deles a campanha “Mulheres contra o Feminicídio e em prol dos Direitos das Mulheres”.
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