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Mundo Lula é aplaudido ao dizer que cargo mais alto da ONU jamais foi ocupado por uma mulher

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O presidente brasileiro defendeu a necessidade de uma reforma no organismo internacional.

Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente brasileiro defendeu a necessidade de uma reforma no organismo internacional. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (24). Durante sua fala, o petista reforçou o fato de que a ONU nunca teve uma mulher ocupando o cargo mais alto de secretário-geral.

“Prestes a completar 80 anos, a carta das nações unidas nunca passou por uma reforma. Apenas quatro emendas foram aprovadas, todas elas entre 1965 e 1973. A versão atual da carta não trata de alguns dos desafios mais prementes da humanidade. Na fundação da ONU, éramos 51 países, hoje somos 193. Várias nações, principalmente no continente africano, estavam sob o domínio colonial e não tiveram voz sobre seus objetivos e funcionamento. Inexiste equilíbrio de gênero no exercício das mais altas funções. O cargo de secretário-geral jamais foi ocupado por uma mulher”, disse Lula.

O presidente brasileiro defendeu a necessidade de uma reforma no organismo internacional, e destacou o fato de não haver equidade de gênero no comando da ONU. O chefe do Executivo brasileiro também pontuou que deve haver mudança no estatuto da entidade, além de ter defendido a entrada de mais países no conselho de segurança.

Como é tradição, coube Lula a fazer o discurso de abertura da 79ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em sua fala, Lula lembrou das vítimas dos conflitos armados mais recentes na Ucrânia e no Oriente Médio, criticou a incapacidade global da construção de ações de enfrentamento à fome e a pandemias, alfinetou indivíduos e corporações anti-democráticas e chamou a atenção para as mudanças climáticas.

“O planeta já não espera para cobrar da próxima geração, e está farto de acordos climáticos que não são cumpridos. Está cansado de metas de redução da emissão de carbono negligenciadas, do auxílio financeiro aos países pobres que nunca chega”, disse.

“O negacionismo sucumbe ante as evidências do aquecimento global, e 2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna”, afirmou, citando catástrofes ao redor do mundo.

“No Sul do Brasil, tivemos a maior enchente desde 1941. A Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo país e já devoraram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto. O meu governo não terceiriza responsabilidades e nem abdica de sua soberania”, disse.

Tradicionalmente, o Brasil abre os discursos no encontro anual dos líderes dos mais 190 países da ONU por tradição. Esta é a oitava participação de Lula em discursos de abertura, cujas falas haviam sido marcadas por tratarem do combate à fome e ao aquecimento global.

 

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