O rei britânico Charles III deverá ter uma conversa telefônica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (6). A chamada está prevista para ocorrer no período da tarde, conforme fontes do Palácio do Planalto.
A ligação é um pedido do Palácio de Buckingham e tem como objetivo convidar oficialmente o presidente brasileiro para a cerimônia de coroação de Charles III, no dia 6 de maio, em Londres.
O rei da Inglaterra enviou uma carta com “afetuosas felicitações” ao presidente brasileiro, entregue em 1º de janeiro pela embaixadora da nação no Brasil, Stephanie Al-Qaq. Na carta, o monarca mencionou a “amizade calorosa” e a “forte parceria entre o Brasil e o Reino Unido”. Charles III disse que anseia aprofundar a relação durante o mandato de Lula.
Desde que tomou posse para o terceiro mandato, Lula ainda não falou com o representante do Reino Unido. Charles III tornou-se rei automaticamente após a morte sua mãe, a rainha Elizabeth II, em setembro do ano passado.
Ela detém o recorde mais longo – 70 anos – da monarquia britânica. Na cerimônia de 6 de maio, Charles III será coroado ao lado da rainha consorte, Camilla, na Abadia de Westminster.
O evento solene e religioso será conduzido pelo arcebispo de Canterbury, que é chefe espiritual da Igreja Anglicana. A Abadia, cujas ligações reais são extensas, foi o cenário para os serviços fúnebres de Elizabeth II e também foi onde o filho de Charles III e agora herdeiro do trono, o príncipe William, se casou com sua esposa Kate.
Para a plebe, o auge das celebrações deverá ser apenas no dia 7 de maio: um concerto, no Castelo de Windsor, reunindo estrelas britânicas e internacionais da música e da dança. Charles III é rei e chefe de Estado não apenas do Reino Unido, mas de outras 14 nações da Commonwealth, incluindo Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Jamaica.
Governo não assina declaração contra Daniel Ortega
O governo brasileiro não aderiu a uma declaração conjunta de mais de 50 países que denunciaram os crimes de Daniel Ortega e se manteve em silêncio diante das denúncias na Nicarágua, durante uma reunião no Conselho de Direitos Humanos da ONU. A decisão do Itamaraty de não pedir sequer a palavra para comentar a crise no governo de Daniel Ortega chamou a atenção tanto de governos da América Latina como de capitais em outras partes do mundo.
O Itamaraty está acompanhando a situação de perto e chegou a fazer parte da negociação do texto final. O governo sugeriu uma nova linguagem que mantivesse espaço para um diálogo. Mas a proposta não foi aceita e o país optou por não aderir ao texto, considerado como inadequado.
Dentro do Itamaraty, há uma expectativa de que o governo emita sua posição nesta segunda-feira, quando a ONU examina os resultados da primeira investigação independente realizada pela instituição.