O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou na quinta-feira (30) sobre uma possível reforma ministerial ao ser questionado se a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, seria ministra. “Ela [Gleisi] tem condições de ser ministra em muitos cargos. Até agora, não tem nada definido. Ela não conversou comigo, eu não conversei com ela”, afirmou.
Lula mencionou também que muitas pessoas chamam a presidente do PT de radical, mas que, justamente por ela ser presidente do partido, ela deve falar a “linguagem do PT”.
Antes dessa declaração, Lula destacou que a troca de ministro é de competência do presidente e que é um hábito da imprensa, um ano após a posse, falar sobre reforma ministerial.
Um dos capítulos mais recentes envolvendo Gleisi Hoffmann envolve uma nota que ela publicou sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta — que subiu a taxa Selic em um ponto percentual.
A presidente do PT colocou a culpa da alta na gestão anterior do Banco Central, quando o presidente era Roberto Campos Neto.
Reforma ministerial e oposição
Lula iniciou discussões sobre uma reforma ministerial para fortalecer a base do governo no Congresso.
A reforma visa atrair apoio de partidos do Centrão que buscam mais espaço na Esplanada dos Ministérios.
A expectativa é que as mudanças sejam definidas até fevereiro.
Em 14 de janeiro, Lula trocou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Saiu Paulo Pimenta (PT-RS) e entrou o publicitário Sidônio Palmeira — que já fez mudanças na forma de comunicar do governo.
O presidente destacou ainda que fez a “melhor reunião de ministério no começo do governo”. Na semana passada, Lula se reuniu com todos os ministros do governo para fazer um balanço da gestão — momento em que falou sobre corrigir erros e mostrar resultado.
Lula também fez uma analogia com um jogo de futebol ao comentar sobre a reforma ministerial.
“Se uma pessoa que foi chamada para administrar e essa pessoa, por qualquer razão, não estiver atendendo a contento, você troca. Isso será feito com a maior liberdade. O mesmo carinho que coloquei, posso tirar uma pessoa”, mencionou.
Eleições no Congresso
A eleição para a presidência da Câmara e do Senado, marcada para 1º de fevereiro, pode impactar a relação do governo com o Congresso.
A mudança de líderes partidários e a escolha de novos coordenadores de bancadas, como a evangélica, são pontos de atenção para o Palácio do Planalto, que busca manter uma base aliada forte para aprovar suas propostas
Em reunião ministerial na semana passada, Lula demonstrou preocupação com a pauta. Ele disse que chamaria os ministros para conversar para saber se os partidos deles continuariam apoiando o governo.
“Eu não me meto em eleição da Câmara e em eleição do Senado”, mencionou o presidente.
“O meu presidente do Senado é aquele que ganhar. O da Câmara é aquele que ganhar. Tenho boa coordenação política. Tenho bons lideres. Essas pessoas que vão tratar de organizar a relação”, disse em outro momento. As informações são do portal de notícias G1.