Domingo, 09 de março de 2025
Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou nessa segunda-feira (28) sua ida à COP29, a Cúpula da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre mudanças climáticas, que será em Baku, no Azerbaijão. A viagem do petista seria de 10 a 12 de novembro. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, representará o Brasil no evento.
Esta é a 4ª viagem cancelada por Lula desde que bateu a cabeça em um acidente doméstico, mas, segundo o Planalto, o cancelamento não foi motivado por orientação médica e sim para que ele possa focar nas cúpulas da Apec, no Peru, e do G20, no Rio.
Na última sexta (25), Lula cancelou sua ida à COP16, em Cali (Colômbia). A participação na Conferência das Nações Unidas sobre a Biodiversidade seria nesta terça (29). O voo tem duração de cerca de 8 horas, contando todos os trajetos, e o presidente ainda não foi liberado para viagens de longa duração.
No caso de Baku, a viagem seria muito próxima da cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), marcada para 14 e 15 de novembro, em Lima, no Peru. O grupo reúne países como a China, os EUA, a Rússia, o Japão e o México, além do Brasil e do Peru.
Logo depois, em 18 e 19 de novembro, Lula presidirá a Cúpula do G20 no Rio. Sem cancelar a ida ao Azerbaijão, o presidente faria 3 viagens com agendas extensas em uma semana. O chefe do Executivo realizou exames na manhã de sexta.
De acordo com a assessoria do Hospital Sírio-Libanês, o exame indicou que o estado de saúde do presidente “está estável” e Lula “está apto para exercer sua rotina de trabalho em Brasília”. Uma nova avaliação será realizada nesta quarta (30).
Na quinta (24), o petista desistiu de ir para São Paulo no fim de semana, onde participaria de atos de campanha com Guilherme Boulos (Psol) no sábado (26). Também não foi a São Bernardo do Campo (SP) para votar no 2º turno da eleição municipal no domingo (27).
No dia 21, o médico do presidente, Roberto Kalil Filho, disse que liberaria viagens curtas de avião a partir das últimas quinta e sexta. Até aquela data, o presidente não havia tido nenhum sintoma que indicasse algum agravamento nos pontos em que teve hemorragia interna na cabeça.
Desde que sofreu a queda, Lula permaneceu trabalhando no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Realizou só reuniões com ministros e assessores. Na sexta, fez sua 1ª aparição pública no Palácio do Planalto para assinar o acordo de repactuação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Mariana (MG).
O chefe do Executivo viajaria para a Cúpula do Brics, em Kazan, na Rússia, no domingo (20). A viagem foi cancelada por conta do acidente. Na ocasião, a equipe médica orientou que o petista evitasse viagens aéreas de longa distância, “podendo exercer suas demais atividades”.