Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de dezembro de 2022
O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) foi escolhido como futuro ministro da Agricultura do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi confirmada ao Metrópoles por membros do conselho político da Transição. Anúncio será oficializado na terça-feira (27/12) junto com outros nomes. Os deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS), por exemplo, são o mais bem cotados para o Ministério das Comunicações e Secretaria de Comunicação, respectivamente.
O nome de Fávaro ganhou força, apesar de alguma resistência interna no agronegócio, com o endosso de Blairo Maggi. Interlocutores do empresário afirmaram ao site que o ex-governador do Mato Grosso e “rei da soja” apoia o nome do político para a Esplanada dos Ministérios.
A escolha de Fávaro contou com a ajuda do ex-ministro da Agricultura no governo Dilma Rousseff, Blairo Maggi. O senador era o mais cotado entre os candidatos ao cargo na Esplanada. Internamente, ele disputou o posto contra o ex-ministro da Agricultura, o deputado federal Neri Geller (PP-MS), que atuou no governo de Dilma Rousseff (PT). Durante a campanha de Lula deste ano, o Progressistas se aproximou do então candidato à Presidência da República.
Empecilhos
Fávaro é reconhecido por seu trabalho nos últimos anos, à frente Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT). Essa atuação o projetou para a política nacional em 2018. Ele já foi vice-governador de Mato Grosso (2015 a 2018), na chapa de Pedro Taques.
Porém, atualmente, a Aprosoja reprova o seu nome para o comando da pasta, pois, na visão do grupo, o senador “não tem legitimidade para representar o setor como interlocutor em Brasília” por apoiar o Lula na última eleição.
Sua escolha para o Ministério só foi possível, porém, depois de o futuro ministro superar um problema político delicado, relacionado à suplente que assumirá o seu posto no Senado, quando der início à sua gestão no Ministério da Agricultura. Margareth Buzetti (PP-MT) é apoiadora do presidente Bolsonaro e chegou a fazer campanha nas ruas no segundo turno das eleições com o grupo de “Mulheres com Bolsonaro”.
A reportagem confirmou que Margareth Buzetti se desfiliou do PP e deixaria de apoiar Bolsonaro. Na última semana, no entanto, ela se filiou ao PSD, partido de Fávaro e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).