O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma radiografia no quadril na manhã dessa quarta-feira (9) ao chegar ao Palácio do Planalto. O exame ocorreu no anexo médico que fica junto a Vice-Presidência da República. De acordo com o Palácio do Planalto, a radiografia é de rotina e feita um ano após Lula colocar uma prótese no quadril em uma cirurgia realizada em 29 de setembro de 2023, no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília.
Na época, devido a dores intensas na região, Lula fez uma artroplastia total de quadril e colocou uma prótese híbrida, que tem parte fixada com cimento ósseo e outra encaixada diretamente no osso. O problema estava na cabeça do fêmur, onde a perna se conecta com o quadril. Lula chegou a fazer uma infiltração no local para aliviar dores dois meses antes da operação.
A cirurgia substituiu a caça do fêmur que estava desgastada pelo atrito causado pelo desgaste da cartilagem devido à idade do presidente, que tem 78 anos. O procedimento é considerado de baixo risco, mas complexo. Durante o procedimento, Lula aproveitou a anestesia para fazer uma cirurgia plástica nas pálpebras para retirar excesso de pele. A blefaroplastia (cirurgia das pálpebras) é um procedimento comum em pessoas idosas e ajuda a não deixar os olhos com aspecto “caído”.
Depois da operação, que não teve dificuldades, Lula se recuperou completamente, apenas fazendo o repouso e a fisioterapia receitada. Na ocasião o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), não precisou assumir o cargo, Lula ficou anestesiado por 3 horas. Durante a recuperação, o presidente trabalhou normalmente.
Na época, Lula fez uma fala polêmica considerada capacitista sobre o período da recuperação da cirurgia. “Então, significa que vocês não vão me ver de andador, muleta, vocês vão me ver sempre bonito, como se eu não tivesse sequer operado, mas vou ter que ter um pouco de cuidado”, disse o presidente, ao citar que Ricardo Stuckert, fotógrafo da Presidência da República, afirmou que não queria fotografá-lo de andador. A declaração foi ao programa Conversa Com o Presidente, do Canal Gov.
Na época, a senadora Mara Gabrili (PSD-SP), em entrevista à Coluna do Estadão, repreendeu a fala do presidente. “Caminhar, seja com andador, muleta ou cadeira de rodas não enfeia ninguém, tampouco subtrai o potencial do ser humano, o presidente deveria enaltecer a diversidade humana ao invés de diminuir as diferenças. Isso sim seria bonito”, disse a parlamentar, que é tetraplégica desde os 26 anos.