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Política Lula “frita” presidente do Ibama e aumenta aposta sobre mudança na direção do instituto ambiental

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Nos bastidores do governo, o nome mais citado para o cargo hoje ocupado por Rodrigo Agostinho é o do ministro Márcio Macêdo (foto). (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A bronca dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na direção do Ibama foi interpretada no meio político como um sinal de que haverá mudanças na cúpula do instituto ambiental. Sem esconder a irritação, Lula disse, na manhã dessa quarta-feira (12), que o Ibama não consegue sair do “lenga-lenga” para autorizar a prospecção de petróleo na foz do Rio Amazonas e suas declarações acenderam o sinal de alerta para uma possível dança das cadeiras.

Embora Lula ainda não tenha fechado o desenho da reforma ministerial, a fritura do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, indica que ele pode ser substituído. Agostinho é filiado ao PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin e muito próximo da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A saída de Marina do governo, porém, nunca chegou a ser cogitada, tanto que Lula sempre faz questão de dizer que ela não tem responsabilidade pelo demora do Ibama em emitir um parecer sobre esse imbróglio.

Até agora, o nome mais citado nos bastidores do Palácio do Planalto para uma possível troca de comando no Ibama é o do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT). Biólogo, Macêdo foi superintendente do Ibama em Aracaju, de 2003 a 2006, e secretário do Meio Ambiente do governo de Sergipe entre 2007 e 2010.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi convidada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência. A pasta cuida da relação do governo com os movimentos sociais.

Lula quer para esse ministério, que fica no Planalto, um perfil mais voltado à articulação política. Chamou a atenção do governo, nos últimos dias, o fato de o presidente ter perdido popularidade entre os mais pobres, os eleitores do Nordeste e as mulheres, justamente os segmentos que ajudaram Lula a vencer o então presidente Jair Bolsonaro, em 2022.

Ao mesmo tempo, Lula avalia que o Ibama parece estar atuando contra o governo. O presidente quer resolver o impasse da prospecção de petróleo na chamada Margem Equatorial antes da Conferência do Clima (COP-30), marcada para novembro, em Belém. Em várias ocasiões, ele expôs a contrariedade com a demora do instituto em autorizar a licença para a Petrobras estudar a viabilidade dessa exploração.

“Se depois a gente vai explorar, é outra história. O que não dá é para a gente ficar nesse lenga-lenga”, disse Lula na manhã desta quarta-feira, 12, em entrevista à rádio Diário FM, de Macapá. “O Ibama é um órgão do governo, parecendo que é um órgão contra o governo”, completou.

A pressão na direção de Rodrigo Agostinho chegou ao máximo na véspera da visita de Lula ao Amapá. Nesta quinta-feira (13), o presidente participará da inauguração de um campus do Instituto Federal em Macapá, da entrega de moradias do Minha Casa, Minha Vida, e também da transferência de terrenos da União para o Estado.

Lula levará com ele o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Em conversa reservada com o chefe do Executivo, na semana passada, Alcolumbre reclamou da demora do Ibama em autorizar o licenciamento para exploração de petróleo na Margem Equatorial. Alcolumbre é do Amapá e o local em questão compreende a fronteira da costa que se estende do seu Estado até o Rio Grande do Norte.

Apesar de já ter manifestado várias restrições a essa prospecção, Marina disse não caber ao Ministério do Meio Ambiente qualquer influência sobre o parecer do Ibama, que, de acordo com ela, é de natureza técnica. “Cabe ao Ibama, de acordo com o que está previsto na lei, avaliar se os projetos estão de acordo com os critérios nela previstos”, afirmou Marina no último dia 6.

Após divergir do titular de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a exploração na bacia da foz do Amazonas, a ministra classificou esse processo como “um empreendimento de alta complexidade ambiental”.

Agostinho disse que Lula nunca o pressionou, mas considerou “natural” a cobrança. “A Petrobras apresentou um novo plano de emergência em dezembro, que está sendo analisado pela equipe. O plano se baseia em uma nova base de atendimento que está sendo construída e que, segundo a companhia, deverá ser inaugurada no final de março”, observou. Agostinho ressalvou, porém, que é muito difícil a resposta do Ibama sair ainda neste mês. (Estadão Conteúdo)

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