Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teve nenhum machucado ou lesões no cérebro em decorrência da cirurgia ao qual foi submetido durante a madrugada dessa terça-feira (10), para conter uma hemorragia intracraniana.
“O hematoma está entre o crânio, entre o osso, e o cérebro. Ele não tem machucado no cérebro. A gente fez o procedimento para que esse hematoma não comprima o cérebro. Então ele fica sem sequelas, o cérebro está livre de qualquer compressão ou lesão”, afirmou o neurologista Rogério Tuma durante coletiva de imprensa nesta manhã.
Ainda de acordo com o médico, o hematoma foi totalmente drenado.
Lula passou por uma cirurgia de emergência em São Paulo, após sentir dores de cabeça e mal-estar durante a segunda-feira (9). Ele segue estável e internado no Hospital Sírio-Libanês.
Segundo boletim médico, Lula deu entrada em Brasília para um exame de imagem após sentir o incômodo. A ressonância então indicou uma hemorragia intracraniana devido à queda que ele sofreu em outubro.
O presidente foi transferido para a unidade de São Paulo onde foi submetido à intervenção cirúrgica para drenagem de hematoma.
Ainda de acordo com a declaração, a cirurgia transcorreu bem e Lula está sob monitoração em leito de UTI.
Procedimento
Inicialmente, o boletim médico de Lula apontou que o presidente havia sido submetido a uma craniotomia. No entanto, o termo foi corrigido para trepanação durante coletiva da equipe médica que monitora o presidente.
Segundo o neurocirurgião Mauro Suzuki, que participou da coletiva, “não é que esteja errado o termo craniotomia, é que geralmente a gente usa esse termo para aberturas maiores”.
O procedimento, denominado como trepanação, uma técnica cirúrgica que consiste em perfurar o crânio.
A trepanação é um procedimento que abre um orifício no crânio, utilizando um instrumento especial chamado trépano. Essa técnica utilizada para descompressão craniana, acesso a estruturas cerebrais e implante de dispositivos.
Em situações de aumento da pressão intracraniana, como em casos de hematomas ou tumores, a trepanação permite aliviar essa pressão, evitando danos cerebrais.
A abertura criada no crânio facilita o acesso a áreas específicas do cérebro, possibilitando a realização de biópsias, drenagens e outras intervenções neurocirúrgicas.
O procedimento é utilizado para implantar dispositivos como shunts, eletrodos ou cateteres, empregados no tratamento de diversas condições neurológicas.