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Política Lula mira medidas econômicas para reverter tombo na popularidade

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Na avaliação dos aliados do presidente, a queda na popularidade é resultado da crise do Pix e do aumento da inflação

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Na maior crise de popularidade dos seus três mandatos à frente da República, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentará a aposta em medidas econômicas que, na avaliação do governo, podem ajudar a reverter o cenário e melhorar o ambiente para 2026, ano eleitoral.

O entorno de Lula no Palácio do Planalto avalia que o lançamento do Gás para Todos, a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e a mudança no crédito consignado privado rendam frutos políticos nos próximos meses.

Além disso, o Executivo já anunciou a gratuidade completa de medicamentos no programa Farmácia Popular e conseguiu destravar o pagamento do Pé-de-Meia, que dá bolsas a estudantes do ensino médio.

Só o impacto fiscal da desoneração do IR é estimado pela equipe econômica em R$ 35 bilhões. Nesse caso, porém, o governo pretende apresentar uma forma de compensação, que deve ser baseada no aumento da tributação dos mais ricos, o que enfrenta resistência no Congresso. Se aprovada este ano, contudo, a ampliação da faixa de isenção só começa a valer em 2026.

Pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira mostrou um tombo de 11 pontos percentuais na avaliação positiva de Lula, para 24%, a menor das suas três passagens pelo Planalto. As maiores quedas foram observadas entre os mais pobres e a população do Nordeste, tradicional reduto do petista.

Na avaliação dos aliados do presidente, a queda na popularidade é resultado da crise do Pix e do aumento da inflação, sobretudo dos alimentos. Por isso o entendimento de ser necessário dar respostas também pela via econômica. Mesmo antes do baque com a pesquisa eleitoral, Lula já vinha citando as iniciativas em seus discursos.

“Vamos fazer o crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada. Vamos entrar com o projeto para que quem ganha até R$ 5 mil não pagar mais Imposto de Renda. E estamos discutindo um projeto que está quase pronto para entregarmos gás de graça para 22 milhões de famílias. Para nós, o gás faz parte da cesta básica. O gás sai da Petrobras por R$ 36. Ele chega aqui a quanto?”, afirmou o presidente em evento no Amapá na última semana, citando que um botijão pode chegar até a R$ 150.

A única medida já em vigor é a ampliação da lista de gratuidade da Farmácia Popular. Na última semana, o Ministério da Saúde anunciou que todos os 41 itens que fazem parte do programa serão distribuídos sem custo para o público elegível.

Houve a inclusão das fraldas geriátricas e da Dapagliflozina, remédio utilizado para o tratamento de diabetes em casos ligados a doenças cardiovasculares. Antes, esses produtos tinham copartipação, ou seja, a população ainda pagava uma parte. O orçamento do programa em 2025 é de R$ 3,8 bilhões, segundo o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa).

De acordo com o ministro da Fazenda Fernando Haddad, as propostas de remodelagem do consignado privado e a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil serão enviadas antes do carnaval. A mudança na modalidade de crédito deve acontecer por Medida Provisória (MP) e a expectativa é de que já esteja em vigor em meados de março. O único custo para a União é a implementação do sistema de concessão pela plataforma governamental eSocial.

A expectativa da equipe econômica é que o uso da plataforma destrave a contratação dessa linha de crédito, que deve ter juros mais baixos do que o crédito pessoal, sem garantia. Os bancos falam em triplicar o saldo do consignado privado, hoje de cerca de R$ 40 bilhões. As informações são do portal de notícias O Globo.

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