Segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 18 de maio de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governo Lula (PT) é ruim de cumprir promessas, por isso o governo e prefeituras gaúchas receberam com ceticismo e desconfiança as juras para liberar dinheiro, em clima de comício eleitoral. O vice-governador Gabriel Souza, a quem coube coordenar iniciativas de reconstrução de cidades do Vale Taquari, disse que até hoje, oito meses depois, o governo federal não construiu uma só unidade residencial do Minha Casa Minha Vida devastadas pelo ciclone de setembro. Zero, nadica de nada.
Sem as casas prometidas
Lula chegou a anunciar a “liberação” de R$ 209 milhões para construir 857 casas no âmbito do “Minha Casa, Minha Vida Calamidades”. Lorota.
Não têm teto, não têm nada
Foram 13 municípios devastados pelo ciclone de setembro, oito deles no Vale do Taquari. Pobres que perderam suas casas continuam sem teto.
Esperando sentados
Na ocasião em que contou a lorota da construção de casas, Lula também prometeu R$ 134 milhões para refazer pontes e trechos de estradas.
Gentileza gaúcha
O vice Gabriel Sousa foi gentil: no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes e TV Bandnews, culpou a “legislação” pelo estelionato político de Lula.
Usar tragédia é sujo e imoral, diz presidente do Novo
O presidente do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, classificou como “baixo, sujo e imoral” o aproveitamento político e eleitoral da tragédia no Rio Grande do Sul pelo governo Lula (PT), que indicou o pré-candidato ao governo gaúcho e ministro da Propaganda, Paulo Pimenta, que os gaúchos já chamam de “governador biônico”, como uma espécie de interventor “reconstruir o Estado”. Ao podcast do Diário do Poder, ele disse que o Novo irá expor a hipocrisia e insensibilidade do governo.
Gaúcho não perdoa
Usar a tragédia para fazer projeção de aliado político para as próximas eleições é baixo, ressaltou Ribeiro, “e o povo gaúcho não vai perdoar”.
Boas perguntas
“Não era [Lula] o grande defensor da democracia? De onde surgiu a ideia de criar ‘ministro da reconstrução’?”, questiona o presidente do Novo.
Intervenção para quê?
Ribeiro lembrou que Eduardo Leite foi eleito numa eleição difícil: “Precisa respeitar, está fazendo seu papel. Acerta, erra, mas tá lá”.
Congresso sem moral
Para Domingos Sávio (PL-MG), parlamentares estão desmoralizados por uma decisão “feita por um juiz amigo do Lula, que não teve sequer um voto, vale mais e tem mais força que 513 deputados e 81 senadores”.
Puxado obediente
Após acordo de Rodrigo Pacheco com o governo sobre a desoneração da folha, Eduardo Girão (Novo-CE) define: “além de subserviente ao STF, o Senado virou de vez um puxadinho do governo Lula”.
Saiu do molho
O vice Geraldo Alckmin, que também ocupa o posto de ministro do Desenvolvimento e Indústria, Comércio e Serviço, finalmente conseguiu, na sexta (17) um despacho privado com Lula. O primeiro do ano.
Petrobras sangra
Ações da Petrobras derreteram 12,60% na última semana, derrubando em R$ 70 bilhões o valor de mercado da estatal. Foram três dias seguidos de desvalorização após a nova intervenção de Lula.
Nação aliviada
A democracia está salva: Rieny Teixeira, mãe solteira de 33 anos, que vive de Bolsa Família, desempregada, diz que sua conta bancária social foi bloqueada. É suspeita de ajudar a financiar a baderna de 8 de janeiro.
Cego em tiroteio
Viralizou o sincericídio do porta-voz e novo ministro “governador biônico” Paulo Pimenta, que admitiu, em conferência de vídeo, que está “sem saber para que lado se mexer” no que chamou de “cenário de guerra”.
Mão no bolso
Motoristas têm que se preparar com a volta do DPVAT oficialmente ressuscitado após a sanção de Lula, na sexta (17). Sem data para início da cobrança, há margem para que comece ainda neste ano.
Dívida milionária
A Polishop é mais uma gigante varejista que tenta escapar da falência. Sem acordo com os credores, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial para lidar com dívidas que somam R$ 395 milhões.
Pensando bem…
…ainda dirão que o uso eleitoral de tragédia “faz parte da democracia”.
PODER SEM PUDOR
Um juiz faltoso
Coronel Joça Maranhão era o chefe político de Aliança (PE) e queria remover o juiz de direito da cidade. Procurou o governador, general Cordeiro de Farias, e expôs o seu pedido sem rodeios. “Esse juiz tem todas as faltas: bebe muito, é mulherengo, corrupto, venal, desleixado e preguiçoso.” Cordeiro de Farias insistiu, impressionado: “Tem todas essas faltas, coronel?” A resposta: “Tem tudo o que é falta, general. Só não tem falta de ar.”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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