Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2023
Lula terá como desafio principal destravar o acordo do Mercosul com a União Europeia
Foto: Ricardo Stuckert/PRO presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará nesta terça-feira (4) da cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul) na Argentina. A reunião também contará com a presença do presidente da Argentina, Alberto Fernández, o presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, e do presidente do Uruguai, Luiz Lacalle Pou.
Na data ele também assumirá a presidência do bloco (que é rotativa por seis meses) até o fim deste ano com o desafio principal de destravar o acordo com a União Europeia.
O acordo comercial foi fechado em 2019 durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro após 20 anos de negociações. Entretanto, há partes do tratado em negociação. O governo brasileiro já anunciou querer concluir este ano os ajustes.
Um documento adicional enviado pela União Europeia no início deste ano ainda está em fase de revisão entre os países dos dois blocos e há divergências. Entre os entraves, está a questão ambiental, liderada pela França.
Segundo o governo federal, o “evento é um ponto importante na reconstrução das relações diplomáticas e parcerias com vizinhos mais próximos”.
Assuntos da cúpula
No encontro entre os países membros do Mercosul, devem ser debatidos temas como saúde, educação, proteção às mulheres e aos povos indígenas, além do acordo com a União Europeia. A previsão é de que também serão discutidos assuntos como possível tratado com a Associação Europeia de Comércio Livre (AECL) e outro com Singapura.
Sobre o Mercosul
Fundado em 1991 o Mercado Comum do Sul (Mercosul) é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai surgiu com o objetivo de redemocratizar e reaproximar países latino americanos. A presidência do bloco é rotativa por seis meses, ou seja, a cada semestre, um país comanda o bloco.
Além dos Estados membros, também existem os chamados Estados associados, entre os quais Colômbia, Bolívia e Chile. A Venezuela faz parte do bloco, mas está suspensa desde 2017, e o Brasil tem defendido que o país volte a integrar o grupo.
O Tratado de Assunção (1991), tratado este que deu início ao bloco, estabeleceu modelo de integração para a formação de um mercado comum, com livre circulação interna de bens, serviços e produtos, com a adoção de uma política comercial comum e também de políticas setoriais, entre os países membros.
Os países do Mercosul correspondem atualmente a 67% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e mesma porcentagem de território da América do Sul. A população corresponde a 62% do total do continente sul-americano.