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Política Lula pede a ministros que batam “da cintura pra cima” na campanha eleitoral

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(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em reunião ministerial que não pretende fazer mexidas na Esplanada. Mas pediu prudência à sua equipe ao longo da campanha eleitoral que se avizinha, em meio a temores de que embates entre aliados nos palanques fragilizem sua base no Congresso. Lula também orientou seus auxiliares a serem “positivos” a não “inventarem coisas”.

Em outro momento, celebrou indicadores econômicos, elogiou auxiliares e disse que não está pensando em trocas na Esplanada. O encontro foi o primeiro com toda a equipe após o governo detalhar um congelamento de R$ 15 bilhões. Ao comentar a medida, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, ponderou que nenhum ministro está “com sorriso na orelha” com o bloqueio, mas afirmou que a contenção “é necessária”.

Às vésperas do início oficial da campanha eleitoral, Costa explicou, após a reunião, que o presidente orientou os auxiliares a bater “da cintura para cima” nos adversários durante a campanha, mesmo que eles não sejam da base.
“Independentemente de quem é o adversário, se o adversário é da base ou não é da base, ele queria que replicasse os modo de fazer política que ele tem defendido. Ou seja, da cintura para cima, defendendo valores, defendendo propostas, e não de ataque adversário. Porque cada ministro, mesmo que lá não esteja falando no cargo de ministro, simboliza o governo”, afirmou Costa após o encontro, que durou quase oito horas. “[Lula] Não vai cobrar e nem vai coordenar nenhum tipo de alinhamento partidário em relação a candidatos, mas deixa essa orientação.”

No trecho do encontro transmitido ao vivo, o presidente disse aos
ministros que está otimista, mas cobrou realizações.

“Não podemos terminar o mandato sendo apenas mais um governo”, disse Lula, ao exigir da equipe soluções para os problemas da população mais necessitada.

Nessa linha, comemorou os indicadores econômicos e reafirmou o compromisso do governo com o controle da inflação. “Nossos números são positivos, apesar das perspectivas de uma crise internacional”, afirmou o presidente, ao mencionar dados sobre crescimento econômico, desemprego em baixa e inflação controlada. “Eu sei como é devastadora a inflação na vida de um trabalhador. O que interessa é inflação baixa e economia crescendo”, completou Lula, que está em rota de colisão com o Banco Central por conta da taxa básica de juros (Selic).

Ainda na área econômica, o compromisso fiscal também foi tratado com auxiliares. Na semana passada, o Ministério do Planejamento detalhou a contenção de R$ 15 bilhões para cumprimento das regras fiscais, atingindo, inclusive, investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Rui Costa avaliou que a medida não agrada as demais pastas, mas defendeu o ajuste.

“Corte é corte, gente. Se precisar ajustar, ninguém vai estar com o sorriso na orelha, mas é necessário o corte em função do compromisso reiterado muitas vezes pelo Presidente da República de compromisso com sua política fiscal”, pontuou.

Outro tema sensível, a segurança pública também foi abordada na fala inicial do presidente. Lula disse ter se reunido previamente com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que será apresentada aos governadores.

“O crime organizado virou uma multinacional de delitos e, muitas vezes, estão muito à frente da polícia dos Estados”, pontuou Lula.

A “celeuma” em torno do processo eleitoral na Venezuela também foi assunto da longa reunião ministerial. O presidente disse que debateria com sua equipe
possíveis saídas para uma solução pacífica para o impasse em torno da reeleição de Nicolás Maduro.

“Também vamos falar um pouco das celeumas que estamos tendo para encontrar uma solução pacífica para as eleições da Venezuela. É muito importante”, disse Lula, que ainda não reconheceu o resultado do pleito.

O Brasil aguarda a divulgação das atas das urnas que comprovem a vitória de
Maduro, contestada pela oposição e por boa parte da comunidade internacional.

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https://www.osul.com.br/lula-pede-a-ministros-que-batam-da-cintura-pra-cima-na-campanha-eleitoral/ Lula pede a ministros que batam “da cintura pra cima” na campanha eleitoral 2024-08-09
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