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Lula pede “cautela” aos ministros para trocas nas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado

Lula voltou a cobrar políticas que deixem uma marca no governo, afirmando que não pode terminar o mandato "sendo apenas mais um governo". (Foto: Reprodução/Canal Gov)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nessa quinta-feira (8) que é preciso “cautela” para que as trocas nas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado não afetem o funcionamento do governo. No início do ano que vem, os deputados vão eleger o sucessor de Arthur Lira (PP-AL), enquanto os senadores definirão o substituto de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Temos uma Câmara que vai trocar de presidente, um Senado que vai trocar de presidente, e tudo isso tem que ter muita cautela para que não tenha nenhuma incidência no funcionamento do governo.”

A situação no Senado está mais encaminhada, com a tendência de o governo apoiar Davi Alcolumbre (União-AP), visto como favorito para a vaga. Na Câmara, por sua vez, o cenário é mais embolado. Há três candidatos considerados mais fortes: Elmar Nascimento (União-BA), Antônio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP). O Palácio do Planalto ainda não definiu a atuação e calcula os riscos para evitar fissuras.

O presidente também afastou a possibilidade de trocas nos comandos dos ministérios, afirmando que não se mexe “em time que está ganhando”.

“Estou muito satisfeito com o trabalho. Todo mundo sabe que quem troca sou eu. Como fui eu que indiquei, se tiver que trocar, eu vou trocar, mas quero dizer para vocês que eu não estou pensando nisso. Em time que está ganhando a gente não mexe, a gente continua o jogo para terminar com uma vitória robusta.”

Cobrança a ministros

Ao falar sobre as ações desenvolvidas pelo governo federal desde o começo do mandato, Lula voltou a cobrar políticas que deixem uma marca no governo, afirmando que não pode terminar o mandato “sendo apenas mais um governo”.

“Vamos afinar a viola nas coisas que temos que fazer. Todo mundo tem tarefa determinada, todo mundo tem seu PAC, sua função. Daqui para frente, o que temos que fazer é trabalhar cada vez mais, fazer cada vez mais um esforço, porque é importante vocês trabalharem com a ideia de que a gente não pode terminar o mandato sendo apenas mais um governo. Sai um governo e entra outro governo e as coisas não avançam muito. Eu fico sempre imaginando quantos degraus na escada social o povo pobre vai subir.”

Durante a reunião ministerial, Lula afirmou também que quer compartilhar a política de segurança pública com os Estados.

“Eu fiz uma reunião com o ministro Lewandowski, fez questão de convidar os ministros que foram governadores de estado, para que a gente prepare o esboço de política de segurança pública na qual o governo federal quer se inserir junto com os estados, para que a gente possa apresentar para a sociedade brasileira uma política de segurança pública que envolva União, Estados e Municípios. […] Não podemos brincar de fazer segurança pública.”

Lula completou afirmando que vai convidar os governadores para apresentar o esboço do trabalho de segurança que tem sido traçado pelo Ministério da Justiça.

“A gente quer compartilhar. Não queremos ter ingerência, nem mandar. A gente quer compartilhar ações conjuntas. Eu estou muito otimista. Agora a gente vai convidar os 27 governadores para que a gente possa fazer uma apresentação para eles.”

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