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Cláudio Humberto Lula pode rifar nome petista em Belo Horizonte

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Na pré-campanha de Rogério Correia (PT) a prefeito de Belo Horizonte, há a desconfiança de que o petista vai ser rifado por Lula para apoiar projeto de reeleição de Fuad Noman (PSD). A leitura no partido é de que eventual apoio de Noman será providencial para Lula em Minas Gerais, em 2026. Lula prefere costurar apoio a um nome mais competitivo e com potencial agregador de votos contra o “efeito Romeu Zema (Novo)”, bem avaliado governador mineiro que vai puxar votos para os conservadores.

Cabo eleitoral

É atribuído a Zema, reeleito em primeiro turno, significativo aumento nos votos de Jair Bolsonaro no Estado e Belo Horizonte, no segundo turno.

Alavancou

No Estado, os votos de Bolsonaro cresceram mais de 6% entre um turno e outro. Passou de 43,6% para 49,8%. Lula, de 48,29% para 50,2%.

Capital conservadora

Em BH, a variação foi ainda maior, de 7,65%. Bolsonaro subiu de 46,6% para 54,25%. Lula saiu de 42,53% para 45,75%.

Alternativa

Na esquerda, Lula não descarta apoiar Duda Salabert (PDT), que parece mais competitiva, segundo pesquisa registrada sob nº MG-06755/2024.

TCU avaliza suposto ‘crime perfeito’ no exterior

Deu em nada no Tribunal de Contas da União (TCU) o esquema de financiamento do BNDES de obras em países de governos aliados de Lula, como Cuba e Venezuela. Ou não seria o suposto “crime perfeito” de que se falava. O valor bilionário era pago em reais no Brasil a empresas como Odebrecht, a mais beneficiada, driblando a exigência legal de autorização do Senado para financiar governos estrangeiros. A conclusão foi do ministro do TCU Jorge Oliveira, nomeado por Jair Bolsonaro

Sopa no mel

Na prática, o governo petista oferecia o financiamento ao país aliado sob a condição de a obra ser executada por empreiteira indicada pelo Brasil.

Enchendo as burras

Foi assim que o Brasil bancou o porto de Mariel, em Cuba, rodovias na Venezuela, aeroportos na África, hidrelétricas na América Central etc.

Caixa pretíssimo

Cada acordo entre o Brasil (via BNDES) e esses países era “secreto” e blindava as obras da fiscalização do TCU e do Ministério Público Federal.

Apenas hipocrisia

A reunião na residência do presidente da Câmara acabou sem esclarecer se, afinal, a equipe econômica ignora o que Lula diz sobre isentar carne de impostos ou taxar blusinhas, ou se participa do teatro do petista, que continua sem assumir responsabilidade pelas próprias decisões.

Tema caro

⁠A Câmara dos Deputados suspendeu o funcionamento de todas as comissões esta semana para avançar com o debate da regulamentação da reforma tributária, obsessão atual do governo Lula.

Disputa interna

Os deputados José Medeiros (MT) e Ricardo Salles (SP) disputam a indicação do PL para a relatoria do projeto de lei antidrogas na comissão especial na Câmara. A bancada parece rejeitar Ubiratan Sanderson (RS).

Palanque baiano

Virou o evento de campanha, programado para esta quarta (10), num casarão no Lago Sul, em Brasília, a festa de aniversário de Elmar Nascimento (União-BA), candidato à sucessão de Arthur Lira na Câmara.

É hoje

O jornalista Marcelo Tognozzi autografa nesta quarta (10) seu novo livro “Ninguém Segura Este Monstro – Manipular, Mentir & Polarizar”, sobre a polarização política global. Às 18h na Livraria da Vila, em São Paulo.

Mudou muito…

Dono da célebre sentença segundo a qual Lula queria vencer a eleição “para voltar à cena do crime”, Geraldo Alckmin criticou o “mau gosto” do presidente argentino Javier Milei, para quem o petista é um ladrão.

O importunando

Ricardo Nunes (MDB) prega cautela em pré-julgamento no caso das joias. O prefeito de São Paulo lembra da “importunação da baleia” e dos móveis “desaparecidos” e defende respeito ao processo legal.

Falem de mim

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, minimiza efeito das ações da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro e lembra de como o ex-presidente é recebido em agendas pelo Brasil: “Ele cresce com essas ações”.

Pensando bem…

…se as joias estivessem em 11 contêineres o desfecho poderia ser outro.

PODER SEM PUDOR

O dono da grana

Nos anos 1950, uma CPI investigava a ligação entre o governo Getúlio Vargas e o jornal Última Hora, de Samuel Wainer. O conde Francisco Matarazzo era interrogado pelo deputado Carlos Lacerda, ferrenho opositor de Getúlio: “O senhor deu dinheiro ao Samuel Wainer?” O rico empresário respondeu sem pestanejar: “Dei, sim.” Lacerda continuou, desafiador: “E por que?” A resposta: “Ué! Dei porque o dinheiro é meu e faço dele o que bem quiser.” E encerrou a discussão.

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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