O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (15) que o Brasil não pode passar ao exterior a imagem de que “mata quem defende a Amazônia” e prometeu acabar com a “garimpagem” em terras indígenas e demarcá-las caso seja eleito em outubro.
Ele falou sobre o tema durante um ato em Uberlândia (MG), ao comentar as notícias de que a Polícia Federal havia, possivelmente, encontrado os corpos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, desaparecidos na Amazônia. Lula discursou ao lado do pré-candidato ao governo de Minas Alexandre Kalil (PSD).
Segundo o ex-presidente, as demarcações são “um compromisso moral, um compromisso ético daqueles que são humanistas, daqueles que defendem os povos originários”.
“Este país é muito grande, é muito civilizado, não pode passar a imagem para o exterior que nós somos incivilizados, que nós matamos quem defende a Amazônia, quem defende os indígenas. Eles matam porque as pessoas defendem a luta contra a garimpagem na terra indígena”, afirmou.
Lula disse que, além das demarcações, criará “condições” para que os povos indígenas tenham “acesso às coisas que são necessárias para sobreviver”.