Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2023
Lula teria garantido que entre segunda-feira e terça-feira, define as mudanças.
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilA reforma ministerial, desenhada sob pressão para acomodar o Centrão no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem colocado diversos ministros e seus respectivos ministérios em xeque. O presidente Lula chega ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (28), depois de uma semana na África, e já tem uma decisão para tomar.
Desta vez, parece inadiável bater o martelo e anunciar para onde, afinal, irão André Fufuca e Silvio Costa Filho, os dois deputados que, em 4 de agosto, Alexandre Padilha disse oficialmente que serão ministros (“Já tem uma decisão do presidente Lula de trazer esses dois parlamentares que representam duas bancadas importantes no Congresso”).
Numa conversa reservada com o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira no domingo passado, pouco antes de embarcar para a reunião dos Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), na África do Sul, Lula teria garantido que entre segunda-feira e terça-feira, define as mudanças.
No encontro, que ocorreu de forma amigável, aliás, Lira disse ao presidente que ele poderia viajar tranquilo que as votações previstas para a semana seriam aprovadas, a do salário mínimo e o arcabouço fiscal, o que de fato aconteceu.
Nas tratativas da reforma ministerial, já está na conta entregar uma pasta ao líder do PP, deputado André Fufuca, mas o partido rechaçou o que foi oferecido – Ciência e Tecnologia ou o Ministério da Micro e Pequena Empresa, ainda a ser criado. A sigla quer uma pasta com “entregas na ponta”, que possam ser vistas pelo eleitor. O público do agro gera total interesse do Centrão, que está em peso na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a maior do Congresso.
Em um jantar com CEOs e jornalistas nesta semana em Brasília (DF), Lira confirmou aos presentes que o PP quer um “ministério com entregas” e citou uma lista encabeçada pela Agricultura, e não pelo Desenvolvimento Social. Questionado sobre o porquê de ter iniciado com a pasta, sorriu e tergiversou: “Foi só questão de ordem alfabética”.
Além da Caixa, que ficará nas mãos do PP, os desenhos de possibilidades que estão com Lula são variados para alocar os dois prováveis novos ministros da Esplanada.
Num deles, Costa Filho vai para Portos e Aeroportos; noutro, para o Esporte. Já Fufuca poderia ir tanto para o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que perderia o Bolsa Família; como para um ministério que seria criado a partir de vários programas sociais que hoje estão dentro do MDS.
Marcio França, se for mesmo deslocado do Portos e Aeroportos, pode acabar na Ciência e Tecnologia e, noutro desenho menos provável, vir a ocupar o lugar de Geraldo Alckmin na Indústria e Comércio.
Neste caso, o vice ficaria apenas vice até vir uma futura mudança na Defesa, em 2024, com a saída de José Múcio Monteiro.