Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2024
A deputada estadual em Minas pelo PT Macaé Evaristo é considerada favorita no entorno do presidente.
Foto: Reprodução/InstagramO presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou a ministros do seu governo ter a intenção de escolher uma mulher negra para o Ministério dos Direitos Humanos, após a demissão de Silvio Almeida. A deputada estadual em Minas pelo PT Macaé Evaristo é considerada favorita no entorno do presidente.
Lula deve bater o martelo sobre a nova ministra ao longo desta semana. A avaliação de auxiliares do presidente é que Macaé preenche os requisitos buscados por Lula para substuir Almeida, demitido após ser alvo de denúncias de assédio sexual, que ele nega. Assim, a escolha de uma pessoa com esse perfil para o ministério seria uma forma de responder à crise provocada pelo episódio.
Macaé disse que a decisão cabe ao presidente e ressaltou a importância do Ministério dos Direitos Humanos. Ela afirmou não ter sido procurada, mas soube que seu nome é cotado no governo.
“Eu acho que essa é uma decisão do presidente Lula, ele que é o grande comandante, ele que tem que tomar. Lamento tudo o que aconteceu, me solidarizo com todas as vítimas, isso tem que ser resolvido de maneira rápida e tranquila. Esse é um ministério muito importante para todos nós. Milito na pauta dos direitos das crianças e adolescentes e sei a importância desse ministério para essa agenda.”
A deputada Macaé Evaristo é professora, foi secretária municipal de Educação em Belo Horizonte entre 2005 e 2012 nas gestões de Fernando Pimentel (PT) e Márcio Lacerda (PSB). Entre 2013 e 2014, ocupou a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, período em que a pasta esteve sob o comando de Aloizio Mercadante e José Henrique Paim. Em seguida, quando Pimentel governou Minas entre 2015 e 2018, Macaé assumiu a Secretaria de Educação. Em 2020, foi eleita vereadora em Belo Horizonte e em 2022 deputada estadual. Durante a transição dos governos Jair Bolsonaro (PL) e Lula, fez parte parte do grupo de trabalho da educação.
De ministro mais aplaudido a denunciado por assédio sexual: a passagem de Silvio Almeida pelo governo Lula
Caso a indicação se confirme, o PT ampliaria o seu espaço no governo. O partido ficaria com 13 das 39 pastas sob o seu comando. Silvio Almeida não tinha filiação partidária. Dentro do PT, Macaé Evaristo é próxima da tesoureira da legenda, Gleide Andrade, da corrente majoritária CNB, a mesma de Lula.
Na sexta-feira (6), após a demissão de Silvio Almeida, a ministra da Gestão, Esther Dweck, foi anunciada como responsável interina pela pasta dos Direitos Humanos. O plano inicial era deixar a secretária-executiva Rita Cristina de Oliveira como ministra interina, mas ela pediu demissão em solidariedade a Almeida.