O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou durante a reunião ministerial dessa sexta-feira (20) que quer saber exatamente o que aconteceu com o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) no dia 9 de dezembro, quando precisou viajar de Brasília a São Paulo para passar por uma cirurgia de retirada de um hematoma na cabeça.
Lula foi obrigado a esperar quase quatro horas pelo avião, que estava no Rio. O presidente, segundo relatos de ministros, disse que poderia ter entrado em coma por causa da demora. De acordo com a fala do petista, ainda não houve uma explicação por que o avião demorou para chegar a Brasília.
Ainda de acordo com os relatos, o presidente contou toda a sua saga do dia 9, quando teve que viajar as pressas para São Paulo depois que um exame no hospital constatou o hematoma na cabeça provocado pela queda havia levado no banheiro do Alvorada em outubro.
Lula também disse que se considera uma pessoa de sorte porque venceu a fome na infância no sertão de Pernambuco e depois o câncer na laringe em 2011.
Última reunião
O presidente reuniu todos os seus 38 ministros para um almoço de confraternização, nessa sexta, no Palácio da Alvorada. O encontro, que começou por volta das 13h, durou cerca de duas horas. Não houve declaração à imprensa. Esta foi a última reunião ministerial do ano, um dia após Lula retornar a Brasília (DF), depois de ter passado por procedimentos de saúde em São Paulo.
A previsão é que o presidente passe as festas de final do ano na capital federal. A equipe médica liberou Lula para exercer as atividades normalmente, com a recomendação de não fazer exercícios físicos. Após um acidente doméstico no dia 19 de outubro, em que bateu a cabeça, Lula precisou drenar um hematoma na região entre o osso do crânio e o cérebro. A cirurgia foi realizada no dia 10 de dezembro, seguido de outro procedimento para reduzir o risco de formação de novos hematomas.
Otimismo
O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, revelou detalhes da reunião dessa sexta com o presidente Lula.
Em entrevista à CNN Brasil, Randolfe destacou o clima otimista e o compromisso reiterado do governo com a responsabilidade fiscal.
Segundo o senador, Lula se mostrou “muito bem disposto, revigorado e muito otimista”, reafirmando os princípios fundamentais de sua administração. “Esse governo tem por princípio a responsabilidade fiscal para poder alcançar a responsabilidade social”, enfatizou Randolfe, ecoando as palavras do presidente.